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Partido governamental da Guiné Equatorial integra Internacional democrata-cristã

Malabo, 10 jul (Lusa) – O presidente da Internacional Democrática Centrista (IDC, centro-direita) justificou os “passos democráticos” da Guiné Equatorial como as razões para a entrada na organização, como observador, do partido governamental da Guiné Equatorial, que suporta o regime de Teodoro Obiang.

O objetivo, explicou o ex-Presidente colombiano Andrés Pastrana, é “melhorar e impulsionar relevantes avanços democráticos” no país, considerado um dos mais fechados de África e criticado pela falta de liberdade para a oposição.

Numa cerimónia no palácio presidencial em Malabo, que contou com o Presidente equato-guineense e líder do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), Teodoro Obiang Nguema, Andrés Pastrana prometeu o “acompanhamento e vigilância” do IDC para que o país cumpra os procedimentos democráticos.

“Sabe que estaremos a seu lado e vamos acompanhando, como temos feito ultimamente”, disse o ex-Presidente colombiano, virando-se para Obiang, prometendo ajuda ao PDGE para “avançar e apoiar os seus projetos de consolidação democrática”.

“Asseguro que daremos todos os apoios ao PDGE para dar todos os passos necessários” de modo a que o partido governamental – que tem todos os lugares eleitos nos órgãos nacionais legislativos – se assuma como “membro de pleno direito” do IDC/África “antes de dezembro de 2022”.

A Guiné Equatorial tem “um futuro que deve ser seguro, com avanços democráticos, sempre passo a passo, mas sem descanso”, acrescentou o dirigente do IDC.

Em resposta, Teodoro Obiang agradeceu a promessa de apoio e comprometeu o PDGE naquilo que classificou como o “esforço democrático” do país.

“Com a ajuda internacional, espero que, trabalhando conjuntamente com vocês, consigamos ser um exemplo de democracia em África”, disse.

Numa cerimónia partidária no palácio presidencial que contou com a imprensa estatal como testemunha, Obiang disse que espera “contar com os conselhos” do IDC nas reformas democráticas do país.

“O mais importante é este processo que estamos a fazer para ter direito a estar no IDC” como membro de pleno direito: “Este é o objetivo que temos neste momento”, disse.

O IDC coloca como condições um sistema eleitoral justo e a separação de poderes, entre outras exigências de transparência e combate à corrupção, matérias que várias organizações internacionais consideram que não se cumprem no país.

Graças ao petróleo extraído, a Guiné Equatorial é um dos países mais ricos de África com uma população de apenas um milhão de pessoas.

Obiang cumpre em agosto 40 anos no poder e várias organizações internacionais apontam a corrupção como o principal problema do país.

O IDC integra, em estruturas continentais, vários partidos conservadores de centro-direita. No caso da União Europeia, o IDC é representado pelo Partido Popular Europeu.

A Guiné Equatorial faz parte, desde 2014, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a par de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Guiné Equatorial

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