Há dois anos, um estudante de medicina ficou frustrado por não poder ajudar uma idosa com Parkinson a comer a sopa. Agora, Faii Ong apresenta a GyroGlove, uma luva equipada com giroscópios para minorar os efeitos dos tremores e melhorar a qualidade de vida dos doentes com Parkinson.

Numa época em que até as televisões e os relógios são ‘inteligentes’, Faii Ong concebeu um dispositivo que pode melhorar a vida dos cerca de 10 milhões de pessoas que sofrem da doença de Parkinson.

Esta doença é crónica, incurável e afeta o sistema motor (que envolve os movimentos corporais), sendo geralmente diagnosticada quando os doentes comecem a apresentar tremores nas mãos.

Com o progredir do Parkinson, o doente vai ficando com os movimentos mais lentos e acaba por não conseguir realizar as tarefas mais simples, como apertar os cordões dos sapatos ou segurar uma colher.

E foi assim que Faii Ong ficou a conhecer esta terrível doença, há dois anos, quando ainda era estudante de medicina e viu que uma senhora de 103 anos não conseguia comer a sopa.

O jovem começou a investigar e desenvolve um protótipo da GyroGear, uma luva equipada com giroscópios que reduz os tremores em até 90 por cento.

Este dispositivo permite que as mãos fiquem livres para efetuar os movimentos: estes são feitos a uma velocidade mais reduzida, mas de forma estável.

A GyroGear está ainda equipada com uma aplicação que mede a evolução dos tremores, permitindo calibrar a estabilização dos movimentos em tempo real.

As luvas, que só serão comercializadas depois da empresa ter a patente (que ainda aguarda), vão chegar ao mercado com um peso de 200 gramas.

Os giroscópios vão trabalhar a 15 mil rotações por minuto para produzirem 1200 gramas de força.

O Reino Unido deve ser o primeiro país a comercializar a GyroGear, a partir de setembro, com preços entre os 525 e os 790 euros.