Os doentes com Parkinson estão a enfrentar dificuldade em encontrar um medicamento essencial para o controlo da doença. Trata-se do Sinemet, que não está disponível em todas as farmácias. Não há doentes com tomas em atraso, em resultado desta realidade, mas alguns têm de ir a Espanha comprar o fármaco.
Um medicamento fundamental para os doentes com Parkinson regista uma quebra nas farmácias, segundo a TSF, que dá conta de dificuldades crescentes em encontrar o Sinemet.
A normalidade deverá ser reposta dentro de poucos dias, segundo informa a agência Lusa. Esta realidade suscita a preocupação de médicos e doentes com Parkinson, mas não há qualquer doente com tomas em atraso, em resultado desta quebra de stock.
Ainda que a falta do medicamento não tenha provocado outros problemas aos doentes (além da dificuldade em descobri-lo nas farmácias), os médicos consideram que esta situação é “insustentável” e “perigosa, em termos de saúde pública”.
“O prolongamento deste problema ao longo de meses só resulta de uma deficiente perceção da gravidade da situação. Se não, já teriam sido tomadas medidas”, salienta à TSF o neurologista João Guimarães.
A associação que representa os doentes com Parkinson sustenta à mesma fonte que o Sinemet “nunca esgotou formalmente”, mas assume que carecem medicamentos que alguns doentes têm de se deslocar a Espanha para os comprarem.
O Sinemet é um medicamento fundamental para o controlo da doença de Parkinson e não há nas farmácias portuguesas qualquer outro fármaco que possa funcionar como substituto. As dificuldades em encontrá-lo estão a ser notadas “há alguns meses”.