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Parabéns António Costa! Determinação, mobilização e união de um partido (não)fragmentado

Seguro surpreendeu quando avançou para estas primárias, destemido, mas pelo menos para mim sempre vi alguma falta de noção do que as pessoas queriam. Ou tinha algo escondido na manga, afinal detinha até ontem todo um aparelho partidário que bem focado nos seus objectivos poderia alterar de forma significativa a tendência de voto, através do apelo e propaganda.

Nada disso, pelos vistos tinha razão. Seguro mostrou que todos os medos que haviam em relação a ele eram justificáveis e que todas as provas de confiança que o ‘país’ lhe deu foram um desastre e um erro.

Seguro tinha de saber que não tinha salvação. Sabendo disso decidiu atrasar o maior partido da oposição durante meses na corrida para as legislativas, foi uma atitude irresponsável e chocante. Até Costa parecia surpreendido pela diferença quase absurda dos resultados.

Neste preciso momento os resultados são brutais, das 174,516 pessoas que votaram, 118,454 votaram em António Costa. Ou seja 67,88%.

Uma coisa é certa, o problema do PS estar dividido acabou, que os militantes e apoiantes tenham a mesma mentalidade que Costa, unir.

{loadposition inline}O PS tem neste momento todas as condições para se assumir como candidato e para afirmar como obrigatório ganhar com maioria absoluta. Cai Seguro e assim cai a segurança de Pedro Passos Coelho. Costa vai manter a postura serena e sem ataques pessoais e mesmo assim irá facilmente ‘derrubar’ esta coligação.

É também um dos dados objectivos desta eleição que o país tem finalmente o principal partido da oposição de volta.

Seguro está queimado, está completamente desgastado dentro e fora do partido. Ainda assim tenho um elogio a fazer a José Seguro, teve na minha opinião nestes 3 anos uma grande atitude, uma atitude que me fez perceber mais um defeito seu, mas ainda assim por um bom motivo. A melhor coisa que Seguro fez em 3 anos foi o seu discurso de derrota.

{loadposition inline}Não. Não era ironia, embora tenha alguma ironia inerente, a despedida foi o melhor, foi eloquente e deu os parabéns ao Costa e seus apoiantes, mas assim se percebeu que todos os ataques pessoais não eram assim tão pessoais, eram sim uma tentativa desesperada de destruir a imagem do seu opositor. Triste. Tal como António Costa disse se Seguro tivesse tido a energia e violência que teve com Costa nestes 3 anos para com o governo, o país, o PS e Seguro não estavam no estado em que estão.

Parabéns António Costa!

 

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