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Para os portugueses, os saldos são menos empolgantes do que há um ano

compras 3A banalização das promoções levou a que os portugueses perdessem o interesse nos saldos, cuja época já não representa uma corrida às lojas, de acordo com um estudo do IPAM – The Marketing School, do Porto, divulgado pelo jornal Sol, nesta sexta-feira. A 15 de julho, os saldos arrancam e não se prevê um aumento significativo das vendas.

Longe vão os tempos em que os saldos significavam uma corrida às lojas por parte dos consumidores. Os portugueses estão cada vez menos empolgados com essa descida dos preços e a correria ao consumo deixou de se verificar.

De acordo com o estudo do IPAM, que fez um inquérito aos consumidores, há uma quebra significativa, entre a procura de 2013 em tempos de saldos e a procura estimada, para o mesmo período, para 2014.

Há um ano, 89 por cento dos consumidores assumiram que iriam querer comprar produtos em saldo. Em 2014, este valor desce 12 pontos percentuais, para 77 por cento.

Há fatores económicos associados a esta realidade – desde logo a perda de poder de compra –, mas a banalização de promoções levou o comércio a enfraquecer um dos principais trunfos para cativar cliente: os saldos.

No entanto, de acordo com Mafalda Ferreira, professora de Ciências do Consumo no IPAM, não são apenas razões económicas que justificam esta quebra da procura, mas “uma menor valorização desta época específica”.

“Não se trata de comprar menos, porque sabemos que o índice de confiança do consumidor aumentou e as compras nas diferentes categorias de produtos têm subido. Tem que ver com uma menor valorização desta época específica”, diz, àquele jornal.

Durante praticamente todo o ano, o comércio tenta combater o fraco poder de compra com as promoções, que decorrem durante praticamente todo o ano. Isso significa que a 15 de julho, quando arrancarem os saldos, cada vez menos consumidores sintam o impulso de entrar numa loja.

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