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“Para fazer carreira política há que dizer mal do Presidente de Angola”, escreve o JA

Um novo editorial do Jornal de Angola volta a atacar Portugal. Por cá, segundo o diário angolano, “quem quiser fazer carreira política tem que dizer mal do Presidente de Angola”. Uma opinião que surge dias após o mesmo jornal ter chamado os portugueses de “ressabiados”.

O Jornal de Angola (JA) continua a atacar Portugal. Depois dos “portugueses ressabiados”, o novo editorial sugere que, por cá, é obrigatório “dizer mal” de José Eduardo dos Santos, como cita a Lusa.

“A situação é de tal forma anómala que até fica a ideia de que quem quiser fazer carreira política em Portugal tem que dizer mal do Presidente de Angola, dos políticos angolanos que fazem parte do partido que venceu as eleições com maioria qualificada, dos nossos empresários, mesmo dos que investem elevadas somas para ajudar Portugal a sair da crise”, refere o editorial do JA.

O jornal cita vários casos que salienta como exemplos desta “atitude desleal”, a expressão que da título ao texto.

“O investimento em Angola tem uma vertente: ajudar um país irmão a debelar a crise e superar as dificuldades económicas e financeiras em que está mergulhado. Noutro sentido, milhares de portugueses procuram também trabalho em Angola. Todos são bem-vindos, embora alguns se comportem como ocupantes”, criticou o JA.

Por outro lado, segundo o jornal,  os angolanos “investiram em todos os setores da economia portuguesa”, só que “ninguém se queixou do ambiente de negócios, das facilidades institucionais, das parcerias constituídas”, ao contrário do que alegadamente acontece com empresários portuguese que investem em Angola.

“Se alguma coisa corre mal, os problemas resolvem-se nas sedes próprias e nunca na comunicação social angolana”, reforçou o editorial, que identifica José Eduardo Moniz como “consultor de telenovelas” e identifica ainda políticos como João Soares e Francisco Louçã e a jornalista Manuela Moura Guedes.

Em Portugal, continuou o JA, “chegam ao cúmulo de levantar suspeitas sobre a origem do dinheiro dos angolanos”, enquanto “ninguém quer saber da origem do dinheiro” quando os investidores são de outras nacionalidades: “É uma pura e seletiva perseguição aos interesses angolanos”.

“Se há dúvidas quanto à origem das fortunas” angolanas, “as autoridades competentes que investiguem e tirem as suas conclusões. Mas é inadmissível que todo o cão e gato em Portugal ponham em causa a origem do dinheiro dos empresários angolanos que investem naquele país. É inadmissível que levantem suspeitas sobre investidores angolanos no caso dos vistos ‘gold’ e, uma vez conhecida a lista dos que investiram em troca desse visto, não está lá nenhum angolano”, reforçou o diário estatal.

Fica a exigência: “Os portugueses têm que decidir de uma vez por todas se querem ou não os angolanos como parceiros”.

Se Portugal “quer desenvolver a cooperação com Angola, não pode depois haver perseguição a cidadãos angolanos que dão o seu melhor para que os acordos de cooperação em vigor tenham sucesso”, como é o caso da filha do Presidente, que após o interesse na compra da Portugal Telecom “foi logo nomeada como a ‘filha do Presidente de Angola’”.

“Atirar com nomes de angolanos para as páginas dos jornais ou dos meios audiovisuais como estando envolvidos em atos ilícitos é uma deslealdade que começa a cansar”, sendo também “uma atitude deselegante e desrespeitosa que não pode ser admitida”, continuou o JA.

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