O papa Francisco lamentou hoje o “dramático naufrágio” ocorrido na quinta-feira ao largo da Líbia, no Mediterrâneo, e que causou pelo menos 62 mortos e 110 desaparecidos.
“Recebi com dor a notícia do dramático naufrágio que aconteceu nos últimos dias, nas águas do Mediterrâneo, no qual perderam a vida dezenas de migrantes, entre eles mulheres e crianças”, disse o papa Francisco, após a recitação da oração do Ângelus.
De acordo com a agência Ecclesia, o papa exortou a comunidade internacional a agir “com prontidão e determinação” para evitar a repetição de “tais tragédias”, de forma a garantir a segurança e dignidade de todos.
Cerca de 145 pessoas foram resgatadas após um naufrágio, que envolveu mais do que uma embarcação, ocorrido na quinta-feira no Mediterrâneo central, rota que sai da Argélia, Tunísia ou Líbia em direção à Itália e a Malta.
Pelo menos 110 pessoas estão dadas como desaparecidas, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Francisco rezou em silêncio, com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, pelas vítimas e suas famílias, desafiando os presentes a uma reflexão: “Pai, porquê?”.
Os serviços migratórios líbios indicaram que pelo menos 350 pessoas, incluindo mulheres e crianças, estavam a bordo das embarcações envolvidas no naufrágio de quinta-feira.
Os migrantes são oriundos, entre outros países, da Eritreia, Egito, Sudão e Líbia.
Antes deste naufrágio, a OIM tinha indicado, na semana passada, que pelo menos 426 pessoas tinham morrido desde o início do ano durante a travessia da rota central do Mediterrâneo.