A direção nacional do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) apresentou a demissão em bloco. Numa nota divulgada no site do partido, são apresentadas “divergências profundas” no seio do PAN. A direção continua em gestão até à eleição de novo órgão diretivo, em data por designar.
Está aberta uma cisão no Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), que resultou na demissão em bloco da atual direção, com exceção de um membro. A revelação é feita no site do partido.
“O presidente do PAN, Paulo Borges, acompanhado por toda a atual Direção Nacional (à exceção de um membro) demitiu-se durante uma reunião da Comissão Política Nacional que decorreu no sábado, em Lisboa, devido a divergências profundas quanto ao rumo que alguns comissários pretendem dar ao PAN. Na sequência disso dois outros comissários também se demitiram”, pode ler-se.
Paulo Borges é um dos fundadores do partido, ao qual preside desde 2011. Também os membros agora demissionários estiveram na fundação do PAN.
O partido que tem como base a causa dos animais e da natureza conseguiu um resultado histórico nas Legislativas de 2011, com mais de 58 mil votos.
Muito acima das expectativas dos dirigentes, até porque aquele ato eleitoral ocorreu apenas cinco meses depois da legalização do PAN, por parte do Tribunal Constitucional.
Eleições após eleições, o PAN foi crescendo no número de votos, nas Autárquicas de 2013 e nas Europeias de 2014, com o candidato Orlando Figueiredo, também demissionário.
O partido preparava-se para as eleições Legislativas de 2015 com o desafio de eleger deputados para a Assembleia da República. Essa ambição não se perde com esta demissão, mas as divergências podem provocar danos.
Entretanto, na mesma nota, refere-se que a direção nacional continua em gestão até à eleição de novo órgão diretivo. Em breve, será conhecida a data dessa formalidade.