A responsável pelo abrigo ilegal de Matosinhos recebeu um apoio importante por parte da delegação concelhia do PAN. O partido requereu ao Ministério Público que ceda a guarda dos animais “a fiéis depositários” para que “não sejam abatidos”.

A apreensão dos animais tem sido o grande trauma para quem soube da apreensão de 76 cães, 29 gatos e dois coelhos e do fecho de um abrigo ilegal em Santa Cruz do Bispo, no concelho de Matosinhos.

Quem conhece Ana Silva, a responsável pelo abrigo, partilhou de imediato (nas redes sociais) que a grande preocupação desta jovem não foi ter sido constituída arguida, mas sim o que iria acontecer com os animais apreendidos, em especial com os dez cães de raças potencialmente perigosas.

A apreensão e revolta foi crescendo até que chegou ao conhecimento do Pessoas Animais Naturezas. O núcleo de Matosinhos do PAN entrou em ação e requereu que os animais apreendidos sejam entregues “a fiéis depositários” enquanto decorrer o processo sobre a jovem responsável pelo abrigo ilegal.

“O PAN – Pessoas-Animais-Natureza já efetuou requerimento ao Ministério Público solicitando que os animais não sejam abatidos e sejam entregues a fiéis depositários enquanto o processo decorre nos tribunais, contando com toda a ajuda disponibilizada pela associação local de proteção animal”, salientou o partido, com um texto no Facebook.

A Associação Midas foi das primeiras a juntar-se a esta iniciativa, embora lembrando que se depara com uma crónica lotação esgotada.

“A Midas tem vindo a tentar reunir condições para acolher o máximo de numero de animais que foram retirados deste abrigo ilegal. Estamos a aguardar resposta ao pedido efetuado pelo PAN para que possamos ser fieis depositários de alguns destes animais para que possamos também retirar os animais do canil”, adiantou a associação, também através do Facebook.

“Como podem imaginar, todos estamos sempre lotados e os canis não são exceção, por isso se puder adoptar, aproveite e vá ao Canil de Matosinhos ver os animais que estão disponíveis para adoção (para que o espaço fique disponível para outros)”, dizia ainda o texto.