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E a palavra mais pesquisada em 2016 foi…

O site Priberam registou uma curiosidade: a lista de palavras  mais procuradas em Portugal e no mundo lusófono. E há surpresas. Ou talvez não.

Em Portugal, a palavra mais pesquisada em 2016 foi “arrendatário”, seguida de “exangue” e de “resiliência”. No Brasil, o top-três é formado por “gitana”, “resiliência” e “saruê”. São os mistérios da língua, ou talvez não.

“Resiliência” é a palavra mais pesquisada pelo terceiro ano consecutivo, sendo mais estranha a busca por “arrendatário” em Portugal – eventualmente explicável pelas alterações à lei do arrendamento. Já as buscas por “gitana” e “saruê” no Brasil justificam-se por serem termos usados na novela ‘Velho Chico’.

Nos restantes países de língua oficial portuguesa, as palavras mais procuradas no Dicionário Priberam foram: amnistia, pormenorizar e reborar (Angola); azáfama, embaixador e biónico (Cabo Verde); translineação, minúsculas e panorama (Guiné-Bissau); PALOP, abordagens e adormecer (Guiné Equatorial); monopartidarismo, obstar e pasteleira (Moçambique); lacuna, apropriação e comprometimento (São Tomé e Príncipe); mestre, contentores e enumerável (Timor-Leste).

Se o FLiP da Priberam “dá a volta ao texto”, o Dicionário Priberam permite dar uma volta ao mundo. Analisando palavras e expressões pesquisadas por utilizadores de outros países, recolhemos algumas buscas curiosas.

Por exemplo, há aquelas buscas possivelmente relacionadas com o que acontece ou pode acontecer em determinados destinos turísticos, como esbardalhar em Andorra, romance e dolce far niente nas Maldivas, tosquenejar na Namíbia ou chorrica (!) na República Dominicana.

Os utilizadores provenientes de países com comunidades portuguesas mostram a ligação da diáspora portuguesa à actualidade do país e à sua língua materna, como atestam buscas por geringonça na Suíça ou carapau de corrida na Bélgica, morcão (e o seu feminino morcona) em França e no Luxemburgo, perrice no Canadá ou lazeira na Irlanda.

A pesquisa por termos próprios da cultura lusófona também esteve presente, como mostram as buscas por regueifa no Camboja, vinha-d’alho na Indonésia ou chopinho na China.

O mesmo interesse despertam palavras e expressões típicas da língua portuguesa, como se afere a partir das buscas por circuncisfláutico na Suécia, jajão na Hungria, lamechas na Islândia, maneirinho no Ruanda, mãos-atadas na Ucrânia e ou coisa que o valha em Singapura.

Por fim, há aquelas pesquisas que deixam transparecer intenções mais brejeiras, como as buscas por bundudo nas Filipinas, chupão no Japão, gostosa no Líbano ou trepada na Estónia.

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