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Palácio da Ajuda inaugura no sábado restauro da sala D. João IV

A sala D. João IV, uma das maiores do Palácio Nacional da Ajuda (PNA), em Lisboa, abre ao público no domingo, após 18 meses de obras de restauro, no valor de 260.587 euros, foi hoje anunciado.

“É uma das maiores do palácio, com 170m2, cujo restauro só foi possível através da Fundação Millennium BCP, devolvendo a autenticidade integral a uma sala do tempo do Rei D. João VI, em 1823”, segundo nota do diretor do PNA, José Alberto Ribeiro.

Inaugurada no sábado, a sala estará “totalmente disponível ao público a partir de domingo”, disse à agência Lusa o responsável.

A sala D. João IV, no “piso nobre do edifício” faz parte das “salas de aparato” do ex palácio real, onde se realizavam diferentes cerimónias.

Totalmente revestida a pintura, a das paredes é atribuída ao “pintor do rei”, José da Cunha Taborda (1766-1836) enquanto a do teto é da autoria de Domingos Sequeira (1768-1837). Ambas as pinturas “foram executadas, com toda a probabilidade, em 1823”.

Taborda, na parede poente, “retrata o Ato do Juramento Solene de D. João IV, ocorrido a 15 de dezembro de 1640” e, nas restantes, “coloca uma atenta assistência, constituída pela pequena nobreza, burguesia e povo”, explicou José Alberto Ribeiro.

“Para o teto foi escolhida uma obra de Sequeira, reproduzindo a Alegoria da Justiça e da Concórdia, tela pintada em Roma, em 1794. No centro, o artista pintou a Justiça e a Sabedoria abraçadas, tendo por perto um génio exibindo uma cadeia quebrada. À direita, a Pátria e o Génio Tutelar do Reino repelem duas criaturas maléficas”.

Para o diretor do PNA “é evidente a associação que se pretendeu fazer entre a libertação e restauração da Pátria em 1640”, levada a cabo por João IV, “e a ação igualmente libertadora” de João VI, cerca de século e meio depois, “mas agora em relação aos franceses”.

As tropas francesas invadiram Portugal entre 1807 e 1811, quando foram repelidas por um exército luso-inglês.

Na opinião de José Alberto Ribeiro, a pintura de Domingos Sequeira visa “relevar os méritos da Dinastia [de Bragança] evocando o [seu] iniciador e o representante dela ao tempo da construção do palácio real; e a ideia da libertação, da quebra da cadeia opressora, está sempre na base do nascer de uma nova era para Portugal”.

O Palácio da Ajuda foi residência régia até 1910, tendo sido sua última ocupante a rainha Maria Pia (1847-1911), avó de Manuel II (1889-1932). A soberana foi também quem mais se empenhou na decoração do palácio e a quem se devem as suas coleções de arte e as grandes encomendas de pratas.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Palácio da Ajuda

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