As vacinas que o Estado não comparticipa não estão a ser compradas por muitos pais, por razões económicas. Alguns pediatras denunciam casos de incapacidade financeira e contam episódios de pais que solicitam ajuda, para que o médico escolha a vacina.
Os médicos especialistas aconselham a toma das vacinas “doenças pneumocócitas e a rotavírus”, mas nem todos os pais conseguem suportar os custos de ambas. Sem meios, só conseguem suportar o pagamento de algumas vacinas que não são comparticipadas pelo Ministério da Saúde.
Há, como consequência, uma redução da venda de vacinas, precisamente porque as famílias não conseguem encontrar meios para suportar custos de saúde básicos para os seus filhos.
“Existe uma redução clara nas vacinas fora do Plano Nacional de Vacinação que são dadas às crianças”, revela ao Jornal de Notícias o pediatra José Gonçalves Oliveira, membro do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos.
José Gonçalves Oliveira está preocupado com esta realidade e avisa para a ausência da vacinação de bebés e crianças por razões que se prendem, “nitidamente” com a situação financeira débil de muitas famílias portuguesas.
Também ao Jornal de Notícias, a pediatra Paula Fonseca revela que é confrontada, nas consultas de crianças e bebés, com um pedido dos pais, que “dizem que não têm dinheiro para pagar as vacinas” e pedem aos médicos, para “escolher a vacina mais importante”.
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