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Pais desconhecem tratamento para condição que afeta quase metade das crianças

Quase metade das crianças com idade entre os 5 e os 10 anos tiveram pelo menos um episódio de chichi na cama no mês anterior, mas a enurese noturna não é uma preocupação em si. O que preocupa a Associação Portuguesa do Sono (APS) é que 96 por cento dos pais desconhecem que esta condição clínica tem tratamento.

O estudo da APS é hoje divulgado, a propósito da evocação do Dia Mundial do Chichi na Cama.

A enurese noturna, “perda involuntária de urina durante o sono”, começa a ser uma condição clínica a partir dos 5 anos de idade, altura em que “deve ser orientada” do ponto de vista médico.

De acordo com o estudo da APS, “7,4 por cento das crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 10 anos sofrem de enurese noturna, quando a definição implica fazer chichi na cama, duas ou mais vezes por semana, ao longo do último mês”.

Quando a definição implica pelo menos um chichi na cama no mês anterior, o indicador dispara para os 43 por cento.

Porém, o que mais preocupa os especialistas é o facto de, como aponta o estudo, “96 por cento dos pais não saber que existe tratamento”.

Aliás, a grande maioria (88 por cento) nem sequer sabe o significado de “enurese noturna”.

Em termos clínicos, o chichi na cama é provocado “pelo excesso de produção de urina durante a noite e/ou capacidade reduzida da bexiga” ou pela “dificuldade de acordar de um sono profundo”.

Só que 76 por cento dos pais “estão preocupados com a influência que esta condição poderá ter no desenvolvimento da criança” e quase um quinto (18 por cento) “acredita que a situação se pode prolongar até à idade adulta”.

Para a criança, a enurese noturna tem “impacto na autoestima, bem-estar emocional, funcionamento e desempenho escolar”.

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