Os donativos enviados para pagar o tratamento de ‘Gui’, a bebé prematura que nasceu e morreu no Dubai, vão ser distribuídos por duas associações sociais. No Facebook, os pais de Margarida explicam que estão a pagar as últimas despesas antes de “fazer o cálculo final”.

Todos os donativos recolhidos para pagar os tratamentos de Margarida, a bebé de pais portugueses que nasceu prematura e acabou por falecer no Dubai, não foram em vão: podem não servir para ajudar a ‘Gui’, mas vão ser da maior importância para duas associações sociais.

No Facebook, os pais da bebé revelaram que todo o dinheiro que sobrar na conta aberta em Portugal para receber os donativos será distribuído pela Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e pela Associação XXS, enquanto as verbas depositadas no Dubai serão doadas a uma instituição religiosa.

“O dinheiro que sobrar de Portugal irá ser doado, tanto em material para a MAC, como para a Associação XXS e o dinheiro que sobrar do Dubai irá ser entregue a uma igreja que nos ajudou quando mais precisávamos”, escreveram os pais, ontem.

Na mesma mensagem, publicada ontem, os pais explicaram que ainda estão “a pagar várias despesas para poder fazer o cálculo final”, garantindo que “irá sair tudo certinho num jornal em Portugal e colocada uma cópia aqui e enviada outra ao Ministério da Administração Interna”.

Margarida, filha de Gonçalo e Genny Queiroz, nasceu a 28 de outubro com apenas 25 semanas de gestação, pesando 410 gramas, e faleceu a 16 de novembro, no Dubai.

Na altura, os pais pediram ajuda para pagar os tratamentos, uma vez que as despesas hospitalares rondavam os mil euros por dia e nenhuma seguradora queria cobrir uma bebé cujas hipóteses de sobrevivência não passavam dos 50 por cento.

O pedido dos pais tornou-se viral e só através da página no Facebook foram angariados cerca de 100 mil euros, enquanto a luta pela vida de ‘Gui’ era seguida por mais de 135 mil pessoas.

“O destino quis que conhecêssemos pessoas maravilhosas, que fizéssemos amizades novas, que se falasse mais de bebés prematuros não só em Portugal mas no mundo. Ficamos muito sensibilizados por a lei sobre os bebés prematuros no Dubai se alterar a partir de 2016”, destacaram os pais, numa mensagem publicada no Facebook.

“Cada um ajudou no que pôde e como pôde e recebemos mais de 7500 transferências. Não conseguimos contabilizar quantas pessoas rezaram por nós e que nos deixaram as suas mensagens de apoio”, assumiram Gonçalo e Genny Queiroz.