Pagar pelo Youtube? Google quer usar mensalidades para rentabilizar canais

O Google quer cobrar uma mensalidade por determinados canais do Youtube, os quais deixarão de ter publicidade. A ideia é melhorar a rentabilidade dos criadores de conteúdos. A vantagem para quem subscrever este serviço é que não terá de ‘aturar’ os irritantes anúncios.

Em breve, quem quiser pagar para não ter de ‘aturar’ os anúncios do Youtube poderá fazê-lo. O Google está a ponderar avançar com um serviço de subscrição de canais.

De acordo com a notícia hoje avançada pela agência Bloomberg, os internautas que optarem por pagar uma mensalidade (dez dólares por mês) por este serviço poderão navegar por canais que não terão qualquer anúncio.

A falta de publicidade não significa que os criadores de conteúdos fiquem a perder dinheiro: bem pelo contrário. A ideia do Google é distribuir parte das receitas angariadas pela subscrição como compensação aos canais que não podem ter publicidade, sendo que essa compensação será (ligeiramente) mais vantajosa.

Com esta medida, o gigante norte-americano responde aos anseios de vários grupos: paga melhor aos criadores e gestores de conteúdos, permite aos espetadores mais fiéis verem os vídeos sem terem de esperar pelo fim dos anúncios e melhora a interação dos canais com o público mais fiel.

Convém recordar que há canais que se tornaram em fenómenos de culto, como aconteceu com o brasileiro Porta dos Fundos, que agora até é emitido na televisão por cabo em Portugal.

Ao mesmo tempo, o Google, que ficará com 45 por cento das receitas, começará a retirar valor do Youtube, depois dos pesados investimentos para garantir a estabilidade do mais famoso site de vídeos.

A Bloomberg avançou ainda que os subscritores deste serviço, que deverá ficar operacional “em breve”, poderão descarregar os conteúdos para poderem vê-los offline.

Quanto ao valor da mensalidade, poderá não corresponder às previsões iniciais. Segundo o exemplo citado pela agência, um canal com vídeos para crianças poderá ter um valor inferior.