‘Paciente zero’ da Legionella pode estar internado no Porto

A primeira pessoa a ser infetada pela bactéria Legionella pode estar internada no Porto. A revelação partiu de Graça Freitas, a subdiretora-geral da Saúde, quando abordava as investigações sobre o atual surto em Vila Franca de Xira, para a SIC.

O surto de legionella que está a assustar a população de Vila Franca de Xira pode ter tido origem num paciente que está, agora, internado no Porto.

A revelação partiu da subdiretora-geral de Saúde. Graça Freitas traçava um balanço do trabalho feito para descobrir a origem do surto, numa entrevista à SIC, quando admitiu a possibilidade de ter sido encontrado o ‘paciente zero’, a primeira pessoa a ser infetada pela bactéria Legionella.

“Estamos a recolher informações de diversos hospitais e de diversas fontes. O que nós já sabemos é algumas coisas sobre estes casos dispersos e que têm uma ligação a Vila Franca de Xira. Sabemos, por exemplo, que um dos doentes do Porto a última vez que esteve em Vila Franca de Xira terá sido no dia 18” de outubro, afirmou Graça Freitas.

Feitas as contas ao período de incubação, as probabilidades apontam para que este paciente tenha sido o primeiro infetado: “Se isto se vier a confirmar, este passa a ser aquilo que nós chamamos o ‘caso índice’, ou seja, a primeira pessoa que pode ter sido contagiada durante este surto”.

As probabilidades são várias, acrescentou a responsável: “Neste momento, temos várias pistas que podem levar a entender qual é a possível fonte”.

“Estamos a juntar peças de um puzzle complicado, temos que estar muito certos, isto é um problema de saúde pública e temos que saber o que o laboratório nos vai dizer porque podemos encontrar legionellas num sítio e essas legionellas não serem as responsáveis pelo surto”, argumentou a subdiretora-geral de Saúde.

Ligações a Vila Franca de Xira

Ainda durante a manhã, o diretor geral de Saúde confirmou que foram identificados casos de legionella em vários pontos do país, nomeadamente em Castelo Branco, Barreiro e Porto.

Citado pela Lusa, Francisco George referiu que todos os casos têm ligações claras a Vila Franca de Xira.