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“Ou Joacine faz uma cura de humildade, ou terá carreira política curta”

Miguel Sousa Tavares estranha que a deputada única do Livre, Joacine Katar Moreira, não saiba que posição tomar sobre a Palestina. E sugere uma “cura de humildade”, sob pena de ter uma carreira política curta.

A Assembleia da República aprovou, na sexta-feira, um voto do PCP de “condenação da nova agressão israelita a Gaza”, que contou com a abstenção da deputada única do Livre.

No sábado de manhã, o partido fundado por Rui Tavares manifestou preocupação com o voto da sua deputada “em contrassenso” com o programa e as posições do Livre, de acordo com um comunicado do Grupo de Contacto, a direção do partido.

Em resposta, Joacine Katar Moreira atribuiu o sentido do seu voto a uma “dificuldade de comunicação” com a direção do Livre, afirmando terem sido “três dias de contacto infrutífero”, e mostrou-se surpreendida com a posição do partido.

Posteriormente, Pedro Nunes Rodrigues, da direção do Livre, assegurou à Lusa que nunca foi pedido pelo gabinete de Joacine Katar Moreira qualquer apoio específico no voto sobre a Palestina, mas adiantou que o partido continuará a trabalhar com a deputada “para que a legislatura corra da melhor forma, sem problemas de comunicação”.

O incidente, que marca o percurso do Livre no Parlamento, foi analisado por Miguel Sousa Tavares, na TVI, com críticas à deputada.

“O episódio é ridículo, mas adivinhava-se desde a noite em que Joacine foi eleita. O deslumbramento consigo própria era tão evidente que seria previsível que ela entrasse em rota de colisão com o partido”, defende o comentador.

“A forma como Joacine deslizou pelo Parlamento quase faziam crer que a Democracia nasceu no dia em que ela passou a porta da Assembleia da República pela primeira vez. A imprensa pôs Joacine nos píncaros e tratou como racista e machista quem quer que criticasse o seu evidente exibicionismo”, disse ainda.

Sousa Tavares lamenta que “uma deputada não saiba que posição há-de tomar sobre a Palestina”, cenário que “revela que ela tem muito mais pose do que substância” e que “não tem um discurso consistente”.

“Ou Joacine faz uma cura de humildade urgente, ou antevejo-lhe uma carreira política curta”, termina.

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