A comentadora e ex-líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, não acredita que o “cruel e desumano” corte nos rendimentos dos pensionistas avance. Segundo defendeu na TVI24, os partidos que formam o Governo não poderão estar de acordo com a medida. “Se o corte das pensões avançar, cai o Governo”, defende Ferreira Leite.
A social-democrata, crítica do Governo de Passos Coelho, referia-se à recente declaração de Paulo Portas, líder do CDS-PP e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. Segundo Manuela Ferreira Leite, Portas não poderá aceitar este tratamento “desumano” sobre os pensionistas.
“O ministro Paulo Portas não tem outra solução. Diz que o aumento de impostos ou a retirada de rendimento aos pensionistas era uma fronteira que não podia ultrapassar. Mas depois disso pode ultrapassar com 10 por cento?”, interroga-se Manuela Ferreira Leite, considerando que “não tem lógica” que o CDS aceite a medida.
E num cenário em que o corte das pensões avance, “Paulo Portas não tem alternativa senão ir embora”, provocando uma “uma crise política” que termina com a queda do Governo.
Manuel Ferreira Leite considera ainda que o executivo de Pedro Passos Coelho está a lidar com os reformados de modo “cruel e desumana”, o que agrava a perda de confiança entre cidadãos e Governo.
“Existe uma quebra de confiança fatal entre cidadãos e Governo”, salienta Manuela Ferreira Leite, que vislumbra nas medidas apresentadas por Passos uma “violação de um contrato” que os portugueses aceitaram e votaram, quando elegeram este executivo. “O Governo tem tratado os aposentados de forma cruel”, repetiu Ferreira Leite.
A comentadora falava, na TVI24, no corte de rendimentos que os pensionistas vão sofrer, com efeitos retroativos, o que significa que se aplica a todos os pensionistas e não apenas aos novos reformados. A medida foi anunciada por Passos e explicada com mais detalhe por Hélder Rosalino, secretário de Estado da Administração Pública, em declarações à SIC Notícias.
Mas as críticas de Manuela Ferreira Leite não se ficaram por aqui. A questão do aumento do desemprego é outra marca deste Governo – recorde-se que Pedro Passos Coelho não tocou no assunto, na declaração ao país. “Como pode o país estar tão calmo com o desemprego jovem nos 42 por cento?”, perguntou Ferreira Leite.
Hoje, no debate quinzenal, António José Seguro, secretário-geral do PS, insistiu na retroatividade da medida e pediu ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho que dissesse “sim ou não” e que confirmasse as palavras de Rosalino. Passos Coelho confirmou. “Quem produz a sua carreira contributiva a partir de 2005, já tem as mesmas regras da Segurança Social. Portanto, estamos a falar da convergência das pensões que estão em pagamento”, disse.
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