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Osteoporose: 800 mil portugueses afetados por doença silenciosa que pode ser fatal

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), a Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM) e a Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS) com o apoio da Amgen Biofarmacêutica, colaboram juntas para assinalar o Dia Mundial da Osteoporose e lançam uma campanha que pretende alertar para o impacto da doença no dia a dia.

“A osteoporose está na origem de 50 mil fraturas por ano, as quais têm um impacto substancial, na morbilidade e na qualidade de vida dos doentes e, que podem ter como última consequência, redução na sobrevivência” refere Viviana Tavares, presidente da APOROS.

Estas fraturas representam um grave problema de saúde pública devido à sua elevada prevalência, às morbilidades que acarretam, à diminuição da qualidade de vida e aos custos económicos e sociais que comportam.

Luís Cunha Miranda, presidente da SPR, alerta que “em muitos casos, mesmo após uma fratura causada pela osteoporose, o doente não é encaminhado para tratamento e acompanhamento adequado, o que conduz ao risco de uma nova fratura e a complicações que podem ser fatais” e refere que “é crucial apostar na capacitação do doente e numa comunicação mais ativa”.

A nível mundial, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, com idades acima dos 50 anos, poderão sofrer uma fratura devido à osteoporose, segundo a Fundação Internacional da Osteoporose.

Na população feminina, a redução na densidade óssea é particularmente comum em mulheres na pós-menopausa, devido à redução dos níveis de estrogénio. Adicionalmente, a diminuição da atividade física e as alterações nutricionais podem afetar o metabolismo de forma negativa e contribuírem para a osteoporose.

O risco de fraturas por fragilidade óssea em mulheres é maior do que a incidência de ataque cardíaco, AVC e cancro da mama combinados, segundo a SPODOM Contudo, apenas um terço está a receber tratamento para a proteção óssea após uma fratura.

“O número global de casos tem vindo a aumentar com o envelhecimento da população, referindo que as fraturas do colo do fémur têm registado um aumento de quatro por cento todos os anos” alerta ainda Viviana Tavares, presidente da APOROS.

Mário Mascarenhas, presidente da SPODOM, alerta que “é crucial apostar na prevenção da osteoporose, tendo como objetivo a obtenção de bons níveis de massa óssea, que deve ser feita através da identificação e correção precoce dos fatores de risco modificáveis, sobretudo aqueles que se relacionam com o estilo de vida”.

A campanha de sensibilização pretende alertar para o impacto da doença e importância de reconhecermos os fatores de risco – idade superior a 50 anos, consumo excessivo de álcool e tabaco, menopausa, sedentarismo e maus hábitos alimentares. As entidades criaram um vídeo de sensibilização que procura alertar para estes fatores de risco para os quais a população portuguesa deve estar atenta.

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