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Os tigres aumentaram de população, mas desapareceram do Cambodja

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Pela primeira vez no período de um século, o número de tigres aumentou. Com 3890 exemplares contabilizados pela WWF, a população registou um aumento de 690 animais face ao ano negro de 2010. Só que os tigres já não existem no Camboja, vítimas da extinção.

No início do século XX, o número de tigres passava os 100 mil. Desde então que o número tem vindo a baixar a um ritmo assustador, tendo atingido o valor mínimo em 2010, quando o número de tigres contabilizado pela fundação ambientalista WWF rondava os 3200.

“Pela primeira vez após décadas de declínio constante, o número de tigres está a aumentar”, realçou agora a mesma WWF, por intermédio do diretor geral, Marco Lambertini.

“Isto dá-nos uma grande esperança e mostra que podemos salvar espécies e os seus habitats, se os governos, as comunidades e os conservacionistas trabalharem juntos”, frisou o responsável da fundação.

É a primeira vez, ao longo de um século, que se assiste a um aumento do número de tigres, que rondam agora os 3890, mais 690 exemplares do que no ano negro de 2010.

Os números da WWF foram apresentados em Deli (Índia), onde decorre a terceira Conferência Ministerial da Ásia para a Conservação dos Tigres, que junta os governantes dos 13 países onde os tigres são animais endémicos. Ou eram, como no caso do Camboja, onde se encontra oficialmente extinto.

É de salientar que mais de metade dos 3890 tigres contabilizados vive nas reservas delimitadas pela Índia: em 2014 foram contabilizados 2226 exemplares.

“Os governos dos tigres irão decidir os próximos passo para alcançar este objetivo e garantir que os tigres selvagens tenham um lugar no futuro da Ásia”, salientou Rajesh Gopal, o secretário-geral do Global Tiger Forum, alertando que os progressos registados em alguns países (Rússia, Índia, Butão e Nepal) não têm correspondência no sudeste asiático.

É o caso do já citado Camboja, onde o tigre se encontra oficialmente extinto, e da Indonésia, onde está prestes a ser ‘assassinado’ pela desflorestação (a mais alta taxa do mundo).

Com o apoio da WWF, o país vai lançar um programa, avaliado entre 20 a 50 milhões de dólares, para a reintrodução da espécie, a começar por dois machos e cinco ou seis fêmeas.

“É uma meta alta”, reconheceu Keo Omaliss, o diretor do departamento de vida selvagem e biodiversidade da Administração Florestal cambojana.

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