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Os sulfitos “podem ser utilizados” na carne picada, diz a ASAE

carne picada É a resposta da ASAE à Deco: os sulfitos são “conservantes” que “podem ser utilizados” a nível alimentar. A explicação surge depois da associação ter chumbado 26 talhos por venderem carne de vaca picada com este aditivo. “A amostragem é claramente insuficiente”, frisa a ASAE.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já garantiu que os consumidores podem consumir carne picada, apesar da Deco ter publicado um estudo no qual chumbou 26 talhos após a deteção de aditivos (em especial os sulfitos).

De acordo com a ASAE, que respondeu por escrito às questões enviadas pela Lusa, os sulfitos são “aditivos alimentares aprovados como conservantes” e, como tal, “podem ser utilizados”, o que foi contestado no trabalho hoje publicado pela associação de defesa dos consumidores.

O regulador desvalorizou os resultados a que a Deco chegou, sustentando que “carecem de informação clara e científica”, bem como de “informação relativamente ao método de colheita de amostras utilizado” e quanto ao “método de ensaio analítico”.

“A amostragem realizada (0,4% do total de estabelecimentos de comércio a retalho de carne e produtos à base de carne, em estabelecimentos especializados) é claramente insuficiente, tendo em consideração o universo em causa”, acrescentou ainda a ASAE.

Na mesma resposta que enviou à agência Lusa, o regulador frisou que “não são respeitadas as mais básicas normas de representatividade das amostras, não sendo ainda declarados quais os limites de aceitabilidade utilizados no estudo, bem como a base científica que fundamente esses mesmos valores”.

Para tranquilizar os consumidores, a ASAE exibiu números do ano passado: em média, foram fiscalizados dois estabelecimentos de comércio a retalho de carne e produtos à base de carne por dia, abrangendo cerca de 11 por cento do total de estabelecimentos existentes.

Dessas ações de fiscalização resultaram a instauração de 21 processos-crime e de 152 processos de contraordenação.

As principais infrações detetadas foram o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta ou inexatidão de rotulagem, a distribuição, preparação e venda de carnes e seus produtos com desrespeito das normas higiénicas e técnicas aplicáveis e a deficiência das indicações na rotulagem da carne de bovino.

O valor da carne e dos produtos apreendidos na sequência destas fiscalizações ascendeu aos 660 mil euros. Só 325 mil euros corresponderam a carne picada, mais precisamente a 70 quilos de carne.

Reveja o que diz a Deco sobre a carne de vaca picada:

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