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Os seus filhos passam mais de meia hora com o tablet?

Uma criança que use o tablet durante pelo menos 30 minutos sem parar, inclinada sobre o aparelho, arrisca-se a sofrer problemas de saúde graves, quando chegar à idade adulta. Um estudo dá-lhe informação que merece a sua atenção.

Têm jogos, são um desafio, guardam um mundo por descobrir. Substituem a televisão, são um passatempo perfeito e, por negligência, funcionam muitas vezes como um bom tranquilizador.

Os tablets entraram no mundo das crianças e vieram para ficar. Porém, além dos ‘efeitos secundários’ mais evidentes – como o isolamento no mundo virtual e uma ameaça às relações interpessoais –, apresentam outros problemas graves.

De acordo com uma investigação, as crianças que dedicam longos períodos aos tablets (mais de meia hora sem repouso) correm riscos de padecer de problemas músculo-esqueléticos na idade adulta.

Aquele período de tempo é suficiente para que as crianças criem hábitos errados de postura, que nunca serão corrigidos. No futuro, se não se corrigirem esses costumes, serão recorrentes dores de costas ou pescoço.

Stephanie Cassidy, ergonomista e terapeuta ocupacional, defende que as crianças não devem estar na mesma posição durante um período superior a 30 minutos.

O estudo agora apresentado conduz-nos a uma outra pesquisa da Childwise, apresentada no final do ano passado, que dava conta da média de horas que as crianças (com idades entre os 5 e os 16 anos) perdem em frente a monitores – desde smartphones, a tablets, cada vez mais, mas também aos televisores.

E essa média é assustadora: são seis horas por dia, o que contrasta com os números de 1995. Há cerca de 30 anos, uma criança não dedicava mais de três horas diárias à televisão.

Por outro lado, investigadores da Curtin University, na Austrália, estimam que os menores se mantenham em frente a um tablet durante períodos superiores a uma hora.

Foram analisadas 159 crianças com mais de 5 anos e ainda 30 outras com menos de 2 anos. Uma em cada quatro vê televisão durante períodos superiores a uma hora, todos os dias. Duas em cada quatro também vê durante os fins de semana.

A maioria (60 por cento) usa o tablet ou um smartphone durante mais de uma hora durante a semana. Ao fim de semana, 10 por cento passa esse longo período em frentes aos novos ‘pequenos ecrãs’.

Quatro em cada 10 pais que participaram num inquérito assumiram que permitem aos seus filhos utilizar dispositivos móveis durante longos períodos de tempo. O objetivo, segundo confessam, é mantê-los calmos.

Se o seu filho se enquadra naquelas estatísticas ou se não tem outra forma de os acalmar, deve ponderar alternativas.

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