Economia

Os portugueses ou os gregos? Quem são os mais pobres? Eis as respostas

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De acordo com o relatório Credit Suisse Global Wealth, que analisa a distribuição e criação de riqueza, Portugal apresenta uma das piores taxas médias anuais da Zona Euro. Uma curiosidade: a riqueza por adulto em Portugal fica-se pelos 73 843 dólares e a dos gregos é superior: 81 342 dólares.

A perda de poder económico das famílias portuguesas é quantificada no Credit Suisse Global Wealth Report, um relatório que faz um raio-X à distribuição de riqueza a nível mundial, desde o início do milénio.

Pela sexta vez, o Credit Suisse faz uma análise profunda a esta questão, com um quadro que demontra quais os países (e continentes) onde se concentra a riqueza. Europa e Estados Unidos aparecem na liderança, mas há um crescimento assinalável da China, desde o ano 2000.

Comecemos pela realidade nacional, num quadro obviamente europeu e mundial. Um número permite desde logo perceber que Portugal (que permanece na cauda do ranking dos países analises) está a empobrecer.

Esta tendência vem sendo verificada ao longo dos últimos 15 anos. Desde o início do século, Portugal regista uma queda de 0,4 por cento no que diz respeito ao crescimento de riqueza, colocando-se no topo dos 10 países com a mais baixa taxa média de crescimento da riqueza, segundo o Global Wealth Report.

Neste particular, só há quatro países com pior registo do que o luso: Turquia, Grécia, Argentina ou Egito.

A Grécia, por exemplo, também está entre os países onde a riqueza regrediu, mas, de acordo com o estudo aprofundado do Credit Suisse, riqueza por adulto em Portugal fica-se pelos 73 843 dólares, enquanto na Grécia é superior: 81 342 dólares.

Por ‘culpa’ de países como Portugal, Espanha, Grécia e Holanda, que estão entre os 10 piores desempenhos durante aquele período, a Zona Euro acaba por ficar mal nesta fotografia tirada pela instituição financeira.

Este relatório do Credit Suisse realça ainda que as famílias portuguesas estão a perder riqueza, o que não constitui surpresa, se tivermos em consideração os últimos anos, onde as medidas de austeridade provocaram um corte nos rendimentos.

Na variação anual entre 2014 e 2015, Portugal está, deste modo, na ‘lista negra’, no que concerne à riqueza dos agregados familiares.

Destaque para outros países com registo negativo, como a (inevitável) Grécia, mas também a Áustria, a Finlândia, a França, a Itália, a Noruega, a Turquia e o Brasil (estes três últimos com quedas mais notórias).

Apesar de tudo, ainda há 51 mil portugueses que têm mais de um milhão de dólares, ao que corresponde cerca de 800 mil euros. Há também 1,2 milhões de portugueses com mais de 100 mil dólares.

Num olhar global ao património das famílias, o Credit Suisse Global Wealth Report destaca um “impressionante crescimento de património nos mercados emergentes”.

Apesar do período negro deste verão, a China apresenta um crescimento riqueza de 5,3 por cento, entre 2000 e 2015, o que a coloca no topo da tabela. A taxa média mundial é de dois por cento de crescimento.

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