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“Os holofotes mundiais estão em cima de nós”, diz Ana Gomes sobre caso Rui Pinto

Ana Gomes afirmou que o julgamento de Rui Pinto, com início marcado para sexta-feira, coloca a justiça portuguesa sob “os holofotes mundiais”.

A antiga eurodeputada, que ontem retomou o comentário semanal para a SIC Notícias, salientou que a corrupção denunciada pelo hacker “não é só aqui em Portugal, é global”.

“Espero que a justiça portuguesa tenha a noção que tem os holofotes mundiais em cima de nós”, afirmou a jurista, acrescentando que recebe telefonemas de jornalistas de todo o mundo “que estão a seguir o caso de Rui Pinto”.

Para a ativista contra a corrupção, o hacker precisa que o julgamento seja “justo”, até para “compensar a longa prisão preventiva, que foi injustificada”.

Segundo Ana Gomes, o tribunal precisa de ter em conta “o serviço público que ele prestou”, e que continua a prestar ao colaborar com as autoridades, “como foi reconhecido” por estas, e que o julgamento deve ser o ponto de partida para as autoridades serem dotadas de meios “para fazerem as investigações” das denúncias feitas pelo hacker.

“Há muita informação que foi desperdiçada”, lamentou a ex-eurodeputada, criticando a lentidão da justiça portuguesa em olhar para a documentação revelada “desde 2015” através do Football Leaks, “que levou à ação das autoridades de outros países contra criminosos fiscais e financeiros”.

“Em Portugal, o único alvo foi Rui Pinto, a pessoa que estava na origem dessas revelações tão importantes para as autoridades deste país”, insistiu.

O processo Doyen é assim fundamental para se recuperar “o tempo perdido”, para se reconhecer “o serviço público” de Rui Pinto, a ser “considerado em eventuais delitos que ele possa admitir que praticou”, e para se iniciarem “outros processos”, que estão “empastelados pela via dos megaprocessos” e por “esquemas que ninguém percebe”.

“Espero que toda a informação que ele tem sirva para lher dar uma pena justa, que permita que ele continue a colaborar com as autoridades”, concluiu Ana Gomes.

Rui Pinto começa a ser julgado a 4 de setembro por 90 crimes, sendo 68 deles de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática.

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