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Os gémeos e o cancro: A doença num irmão é sinal de alerta para o outro

Gémeos que partilham os mesmos genes enfrentam mais riscos de desenvolver cancro, quando o irmão contrai a doença. Um estudo que analisou 200 mil pessoas – publicado nesta terça-feira na Journal of the American Medical Association – aponta um risco 14 por cento superior. Também os gémeos que não partilharam o óvulo estão mais sujeitos à doença.

Estudo, que avaliou 200 mil pessoas, teve como finalidade entender o processo de hereditariedade do cancro.

Quando um irmão gémeo tem cancro, o risco de o seu irmão padecer da doença é 14 por cento superior, conclui uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.

Os investigadores fazem uma ressalva: o facto de um dos irmãos sofrer da doença não significa que o outro irá padecer do mesmo tipo de cancro.

A investigação publicada hoje na revista Journal of the American Medical Association (Jama) aponta um aumento do risco entre irmãos idênticos, em comparação com outro tipo de laço familiar.

Os gémeos idênticos – que se desenvolvem a partir do mesmo óvulo – partilham o mesmo material genético e aqui o risco é superior.

Já os gémeos que se desenvolvem em óvulos diferentes têm genes semelhantes, pelo que o risco de cancro é superior em cinco por cento, quando é diagnosticada a doença ao irmão.

Para a realização deste estudo, foram analisados dados de gémeos oriundos de países nórdicos: Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega. Nestes países há dados detalhados sobre a genética dos irmãos gémeos.

Esses bancos de dados foram analisados em profundidade, durante um período que começa em 1943 e termina em 2010.

Quando os investigadores observaram o grupo na sua globalidade, descobriram que um em cada três indivíduos enfrentam risco de cancro. A percentagem exata é 32 por cento.

Já no caso dos gémeos idênticos esse valor aumenta para 46 por cento. E em gémeos nascidos de óvulos diferentes cai ligeiramente para 37 pontos percentuais.

Os cancros com maior propensão de serem partilhados entre gémeos são o melanoma (58 por cento), cancro da próstata (57 por cento), cancro de pele não-melanoma (43 por cento), ovário (39), rim (38), mama (31) e cancro do útero (27 por cento).

“Em virtude da dimensão do estudo e do longo acompanhamento, podemos finalmente ver os efeitos genéticos fundamentais para muitos cancros”, explica Jacob Hjelmborg, coautor do estudo e investigador da Universidade do Sul da Dinamarca.

Segundo os autores deste estudo, estas descobertas podem ser importantes no acompanhamento de irmãos gémeos, para que os médicos consigam antecipar a deteção de eventuais cancros, numa atitude preventiva.

Ao serem determinadas os riscos hereditários de sofrer de um cancro, abre-se caminho para a redefinição de uma estatística negra: em todo o mundo, oito milhões de pessoas morrem, por ano, vítimas de um qualquer tipo de cancro.

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