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Os carrinhos dos supermercados causam lesões a uma criança a cada 22 minutos

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Quantas vezes é que, em petizes, vocês não imploraram aos vossos pais (ou aos adultos que vos acompanhavam) para se sentarem no carrinho das compras assim que entravam no estabelecimento comercial? Para quem já não se recorda desses tempos mas já tem crianças na família (sejam filhos, afilhados ou primos) faço a questão ao contrário: quantas vezes as crianças não lhe pediram para ir para o carrinho dos supermercados? “Sempre” será a resposta mais provável na maior parte dos casos. Mas fiquem a saber que os carrinhos de supermercado são uma potencial ameaça à integridade física das vossas crianças!

Quer isto dizer que à infindável lista de objectos perigosos do dia-a-dia podem juntar os carrinhos de supermercado. Um estudo recente, levado a cabo nos Estados Unidos da América, estimou que entre 1990 e 2011 530.484 crianças/adolescentes até aos 15 anos de idade foram tratadas nas urgências norte-americanas devido a lesões provocadas por carrinhos de supermercados! O número soa absurdamente alto, eu sei, mas o estudo teve por base os registos dos hospitais norte-americanos, logo provém de fontes fidedignas.

Se formos esmiuçar o número apresentado acima chegamos à conclusão que a cada dia que passa 66 crianças dão entrada nas urgências americanas com lesões provocadas pelos carrinhos de supermercado. Mas ainda lhe digo mais: a cada 22 minutos uma criança chega aos hospitais localizados nos EUA. Ou seja, esta é uma verdadeira ameaça, caso contrária os números não tomariam estas dimensões.

Dizem ainda os investigadores que mais de 70% a causa das lesões são provocadas por quedas.

Ou seja, das quatro, uma: ou a criança estava mal sentada e desequilibrou-se levando a uma queda. Ou a criança não estava sentada, mas sim em pé na parte do carrinho destinada às compras em si. Ou a pessoa que vai a conduzir é um autêntico louco e vai em excesso de velocidade! Ou então a criança ficou sozinha no carrinho enquanto o(s) adulto(s) foi a uma outra secção. Mas seja qual for a explicação o adulto em causa tem sempre uma quota-parte de responsabilidade. Obviamente que existe sempre uma boa parte de sorte ou azarenvolvida, porque como todos nós sabemos as crianças são imprevisíveis, logo tudo podeacontecer! E por vezes basta uns breves segundos para, inexplicavelmente, a criança se colocar a si própria em perigo.

{loadposition inline}Para completar as estatísticas é necessário acrescentar que 84, 5% das crianças que sofrem lesões deste tipo têm menos de quatro anos de idade. O que até é compreensível dado que quem viaja nos referidos carrinhos são as crianças muito pequenas e não adolescentes de 15 anos de idade. Atenção que eu não tenho nada contra o facto de as crianças viajarem nos carrinhos. Mas se os adultos sabem que as crianças estão num local perigoso e a uma altura considerável do chão então têm de redobrar a atenção de modo a evitar o mais possível eventuais imprevistos.

Segundo a American Society for Testing Materials (ASTM) a maior parte dos acidentes acontece devido a defeitos ou avarias nos próprios carrinhos. E aqui entramos num nível diferente, dado que parte da responsabilidade passa a ser também do estabelecimento comercial em si pois é ele o “dono” dos carrinhos em causa.

Em suma: admito que nunca tinha sequer ouvido falar de um único caso deste género.

Contudo, contra factos não há argumentos e estando nós perante dados indesmentíveis só nos resta avaliar as reais consequências para as crianças/adolescentes e, numa fase posterior, tentar melhorar o carrinho de supermercado. Sim, porque se repararem o carrinho em si, como objecto, mudou muito pouco nos últimos anos. E com tanta tecnologia e invenções a acontecer a um ritmo diário seria de esperar que algo mais acontecesse nesta área. Já agora termino com uma questão que considero pertinente: será que existem dados semelhantes a estes, mas relativos ao território nacional? Portanto agora já sabe: cuidados redobrados quando a sua criança se encontrar no cesto do carrinho de supermercado!

Boa semana.

Boas leituras.

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