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Organizações retomam ajuda humanitária na área de aldeia atacada em Moçambique

A distribuição de ajuda humanitária às vítimas do ciclone Kenneth vai ser retomada na segunda-feira na área da aldeia atacada por um grupo armado, no norte de Moçambique, disse hoje à Lusa fonte ligada às operações.

Com exceção daquele ponto, as ações humanitárias de agências das Nações Unidas e outras organizações não-governamentais (ONG) no resto da província de Cabo Delgado têm continuado a decorrer como planeado, nomeadamente ao longo da costa e também nas ilhas Quirimbas.

Homens armados atacaram comunidades perto de Macomia, província de Cabo Delgado, na sexta-feira à noite, e fizeram quatro mortos, referiu.

A situação levou no sábado a uma paragem preventiva da ação humanitária na zona e à realização de uma avaliação de segurança no local do ataque.

Segundo a mesma fonte, a atenção vai ser reforçada na distribuição de comida, abrigos e artigos para purificação de água, sendo que outras medidas, como acompanhamento por escoltas da polícia, já eram uma prática.

Durante o ataque foi visada uma aldeia isolada no mato e respetivos aldeões – como já acontece há ano e meio na região – sem atingir qualquer missão humanitária das que estão no terreno.

Desde outubro de 2017, os ataques de grupos armados não identificados com origem em mesquitas já provocaram, pelo menos, 150 mortos em Cabo Delgado.

Atualmente, centenas de pessoas fazem parte das equipas de ajuda humanitária que estão no terreno na província.

O ciclone Kenneth foi o primeiro a atingir o norte de Moçambique e foi classificado com um grau de destruição de categoria quatro (numa escala de um a cinco, do mais fraco ao mais forte).

A tempestade matou 41 pessoas e afetou cerca de 241.000 pessoas, segundo o mais recente levantamento provisório das autoridades,

Moçambique foi pela primeira vez atingido por dois ciclones na mesma época chuvosa (de novembro a abril), depois de em março o ciclone Idai, de categoria três, ter atingido o cento de Moçambique onde provocou 603 mortos.

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