Organização acaba com Concentração de Faro se ‘controlo repressivo’ policial continuar

A Concentração de Faro pode ter os seus dias contados, pois os organizadores ameaçam acabar com o evento – o maior acontecimento de mototurismo realizado em Portugal devido ao “controlo repressivo” exercido pelas autoridades policiais.

O Motoclube de Faro exige uma alteração do dispositivo montado pela GNR e PSP por causa da concentração, ou caso contrário acaba com o evento, que anualmente leva milhares à capital algarvia, representando também um importante encaixe financeiro para a cidade e para a região.

Numa carta aberta ao Ministério da Adminstração Interna, os organizadores afirmam que “sem demagogia e com muita razoabilidade na análise de todos os fatores envolvidos na realização do evento, o fim da concentração é uma opção em discussão prioritária pelo Motoclube de Faro”.

A mesma carta foi enviada à GNR e à PSP, as duas entidades cuja atuação é fortemente criticada pelo Motoclube de Faro, que através do seu presidente, José Amaro, ao site Sul Informação, referiu que a continuidade da concentração algarvia passa “por uma mudança radical ao nível dos meios afetados pela PSP e pela GNR” na altura do evento, pois trata-se de “um aparato policial indiscritível”.

Mais, aquele dirigente refere que a própria abordagem policial aos motociclistas tem de ser alterada. “Não deve haver mais nenhuma festa do país em que as pessoas são recebidas de pistola, metralhadora e ‘shotgun’”, observou José Amaro.

O dirigidente do Motoclube de Faro lembra ainda que “há sempre reuniões com as autoridades e com a própria câmara”, mas que “tudo o que é lá conversado nunca passa do papel”.