Após a baixa simultânea de 35 polícias de uma mesma esquadra, a Ordem dos Médicos avançou com uma investigação, que tem como objetivo perceber se se trata de uma baixa de complacência, que o Código Deontológico não permite.
Mercês, Bairro Alto, Lisboa. A esquadra da PSP é assolada por uma ‘doença coletiva’, que afeta 35 agentes. A Ordem dos Médicos estranha e avança com uma investigação ao médico (ou médicos) que emitiu (ou emitiram) as 35 baixas.
Segundo o Código Deontológico, não são aceitáveis baixas por complacência, feitas a pedido e sem razão que a justifique. Nesse sentido, a Ordem dos Médicos está a investigar esta estranha doença que afetou uma equipa de polícias, ao mesmo tempo.
O bastonário José Manuel Silva revelou ao semanário Sol que a Ordem irá proceder a uma análise dos motivos da doença e também quererá perceber se foi um único clínico a emitir o documento ou se cada agente se deslocou ao seu médico.
Segundo José Manuel Silva, será mais fácil provar que se trata de uma baixa fraudulenta se foi um único médico a emitir a baixa. Confrontado com um pedido de 35 baixas, esse médico deveria pôr em causa a doença e colocar reservas.
A Ordem dos Médicos assume, no entanto, que terá dificuldade em provar a complacência se estiver perante um caso em que cada um dos agentes se deslocou ao seu médico e apresentou sintomas de doença.
Certo é que o Conselho Disciplinar está no terreno e poderá instaurar processos se verificar que houve leviandade na emissão dos atestados.