Poupar é uma das palavras de ordem e a área dos medicamentos não pode ser exceção. Antes que o Ministério da Saúde ‘decrete’ cortes no setor, a Ordem dos Farmacêuticos (OF) procurou antecipar-se com a realização das Normas de Orientação Terapêutica (NOT), “uma orientação que se pretende clara, prática, objetiva, sucinta e hierarquizada, para apoiar os prescritores na gestão dos doentes abrangidos pelos quadros clínicos identificados”.
A proposta destaca-se por englobar os dez grupos farmacoterapêuticos responsáveis por 77 por cento da despesa com medicamentos, embora os próprios farmacêuticos salientem que as NOT “não substituem, não podem substituir, a imprescindível avaliação médica, nem constituem, para o médico, a única abordagem possível em cada caso”.
Para realizar esta listagem, o grupo de trabalho coordenado por Margarida Caramona, professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra abordou os fármacos mais utilizados e mais dispendiosos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS): anti-hipertensores, psicofármacos, antidiabéticos, antiácidos e antiulcerosos, antidislipidémicos, anticoagulantes e antitrombóticos, antibacterianos, anti-inflamatórios não esteroides, antiasmáticos e broncodilatadores e medicamentos que atuam no osso e no metabolismo do cálcio.
“Para cada grupo terapêutico em análise foram elaboradas NOT, consoante as patologias mais comuns para as quais o grupo terapêutico tem indicação”, realçou o grupo de trabalho, numa nota explicativa: “cada norma está estruturada segundo um algoritmo de decisão com os pontos-chave considerados em cada patologia e termina na orientação seletiva para um subgrupo terapêutico ou substância ativa”.
O objetivo é utilizar a “Denominação Comum Internacional” do grupo terapêutico para estudar as alternativas e optar pela mais barata: “sempre que uma NOT oriente para dois ou mais grupos terapêuticos ou substâncias ativas, e se a opção for indiferente do ponto de vista clínico, a escolha deve ser a que for economicamente mais vantajosa”.
A alicerçar a proposta – que já está nas mãos do ministro da Saúde, segundo o bastonário da OF – estão os custos dos fármacos no Produto Interno Bruto (PIB), entre 2005 e 2010, com previsão para 2011 e 2012. De 2005 a 2009, o mercado de medicamentos em ambulatório cresceu, em média, 1,9 por cento ao ano, abaixo da taxa de inflação e da taxa de crescimento de outros bens essenciais. Porém, o mercado hospitalar subiu a uma taxa média muito superior, de 10,8 por cento ao ano. Uma diferença que a OF justifica com o aumento do número de doentes crónicos em tratamento com medicamentos inovadores, com reconhecido valor terapêutico, e ao custo destes fármacos.
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