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Ordem dos Engenheiros “estupefacta” com desmoronamento em Borba

O bastonário da Ordem dos Engenheiros afirmou hoje que está “estupefacto” com o deslizamento de terras para uma pedreira em Borba, referindo que a situação já era conhecida e que a “medida adequada” era encerrar a estrada.

“Infelizmente tenho de mostrar alguma estupefação sobre o que aconteceu e como foi possível acontecer. Era uma situação que estava identificada pelo menos há quatro anos, já tinha sido equacionada a possibilidade de encerrar a estrada”, disse Mineiro Aires em declarações à agência Lusa.

O deslizamento de terras para a pedreira provocou, pelo menos, dois mortos, segundo divulgou o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro.

Trata-se, segundo o CODIS, de dois operários da empresa que explora a pedreira.

As autoridades desconhecem, para já, o número de pessoas desaparecidas.

Uma retroescavadora e duas viaturas foram arrastadas para o interior da pedreira, devido ao aluimento de terras na antiga estrada nacional entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora.

O bastonário da Ordem dos Engenheiros defendeu que se tratou de “uma situação de elevado risco” em que se “descurou a situação existente e acabou numa catástrofe”.

“A medida adequada para o local era encerrar a estrada”, frisou, acrescentando que a terra se desprendeu devido à chuva e que esta era uma situação que “se não fosse hoje seria noutro dia”.

Mineiro Aires explicou ainda que existe uma falta de intervenção da engenheira e de ações de prevenção, salientando a importância de se monitorizar e inspecionar os locais, de modo a serem tomadas medidas concretas.

“Estranho muito como é que uma exploração de uma pedreira chega junto à estrada, pois não existe ali uma margem de segurança ou uma faixa, que seria altamente recomendável. É uma estrada com precipícios de um lado e de outro”, apontou.

O bastonário da Ordem dos Engenheiros acrescentou que também deviam ter sido tomadas medidas para “mitigar os impactos de uma indústria fundamental para a região”.

“Existe também um passivo ambiental enorme, com buracos a céu aberto. Não existe recuperação do que tem sido a extração do mármore, pois os espaços deviam ser preenchidos”, explicou.

Mineiro Aires acredita que com ações preventivas seria possível detetar a situação de potencial risco e acredita que existem outras situações de risco no país, o que considerou ser preocupante.

Lusa

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Lusa

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