Os blocos de parto podem ficar parados a partir do próximo mês. A Ordem dos Enfermeiros dá conta da revolta dos profissionais e exige que estes sejam pagos de acordo com as funções efetivas que desempenham. A bastonária Ana Rita Cavaco aponta o exemplo dos enfermeiros obstetras que ganham como se fossem não especializados.
O aviso da iminência de uma greve foi feito após a cerimónia, em Lisboa, que assinalou o ingresso de 60 enfermeiros nos quadros do Instituto Nacional de Emergência Médica.
De acordo com a Ordem dos Enfermeiros, estes profissionais podem parar os blocos de parto e deixar de exercer cuidados especializados em várias áreas, como a saúde mental, em todo o país.
Em causa está a revolta de centenas de enfermeiros que exercem funções de seis especialidades, mas que ganham como um enfermeiro não especializado, explicou a bastonária, citada pela Lusa.
Ana Rita Cavaco adianta que os enfermeiros “estão cansados” de exercer uma especialidade pela qual não são renumerados e têm manifestado à Ordem a intenção de deixar de o fazer a partir de julho.
De entre os casos apontados, a responsável da Ordem salienta o dos enfermeiros obstetras, que asseguram a maioria dos blocos de partos, os quais podem encerrar se os enfermeiros não começarem a receber de acordo com a especialidade que desempenham.
Ainda segundo a bastonária, os conselhos de administração dos hospitais não têm competência para penalizar os enfermeiros que adiram a esta forma de luta.
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