Manuela Ferreira Leite usou o comentário semanal na TSF para arrasar o Orçamento de Estado para 2018 (OE18), a ser hoje votado no Parlamento. “Não se vislumbra um rumo, só vários objetivos de cada uma das forças políticas” da geringonça, argumentou.
A antiga ministra das Finanças entende que o OE18 não passa de um documento que agrega várias medidas propostas pelos três partidos da geringonça (PS, BE e PCP).
“Quando olhamos para o Orçamento, no seu conjunto, não se vislumbra uma linha de rumo, porque são vários os objetivos. São objetivos soltos de acordo com as prioridades de cada uma das forças políticas e dos interesses partidários”, afirmou Manuela Ferreira Leite.
“O Orçamento parece-me um puzzle desconjuntado e o País terá muita dificuldade em lê-lo porque as peças não se encaixam umas nas outras. Há problemas no País que não estão a ser encarados em nome de deixar marcas de aspetos soltos que interessam a clientelas partidárias”, insistiu a ex-presidente do PSD.
A antiga ministra das Finanças entende que as prioridades deviam passar pelo crescimento económico e pela recuperação e estratégia de desenvolvimento do interior do País, na sequência da seca em que Portugal se encontra e dos incêndios do verão.
“Não estamos ainda em situação de pensar que podemos crescer só porque tudo está bem”, insistiu Manuela Ferreira Leite: “Aquilo que nos rodeia ainda é muito imprevisível internamente e externamente”.
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