A Grécia continua a (des)esperar que a troika descongele a tranche de 31,5 mil milhões de euros, mas as garantias a exigir opõe os países da Zona Euro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Em causa está a sustentabilidade da dívida helénica, assim como as condições a exigir para o financiamento de ajuda adicional. O Eurogrupo volta a reunir-se, hoje, mas a reunião deve terminar como a da semana passada: sem consenso.
Dentro do Eurogrupo há quem defenda a redução dos juros e o adiamento da maturidade dos empréstimos, assim como a possibilidade da própria Grécia poder recomprar a dívida. Há ainda uma corrente a defender que o Banco Central Europeu deve transferir os lucros obtidos com o empréstimo para os bancos centrais de cada país, devendo então os 17 membros da moeda única emprestar a título bilateral.
Contudo, o FMI tem uma posição mais agressiva, exigindo “um plano sólido e convincente”, como ainda ontem adiantou a presidente Christine Lagarde. O fundo defende uma reestruturação da dívida grega na posse de credores públicos, o que é rejeitado pelo Eurogrupo, ou seja, pelos governos dos países credores da Grécia.
Enquanto os 17 da moeda única e o FMI continuam em duelo, a Grécia asfixia financeiramente. “Somos optimistas e estamos a lutar por isso. Esperamos que o Eurogrupo tome uma decisão”, salientou ontem o Ministério das Finanças grego.
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