O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, acusa a oposição síria de ter sabotado o acordo de paz, intermediado por Kofi Annan, emissário da Liga Árabe e da ONU. Lavrov diz que a oposição queria recorrer ao “emprego da força”, para atingir os seus fins.
“Há muitos que gostariam que o plano de Annan não se realizasse, para poderem exigir o emprego de outros meios, pelos quais se tem em vista, antes de tudo, o emprego da força”, afirmou Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
De acordo com Lavrov, através dos órgãos de informação turcos e ocidentais são conhecidas cada vez mais provas de que a oposição síria tenta “provocar o reinício da violência para pôr fim ao cessar-fogo e, desse modo, ter motivo para exigir o ‘funeral’ do plano Annan”.
Moscovo está preocupada com as infinitas tentativas de “privatização” do plano do enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, sublinhando que o grau do seu cumprimento só pode ser determinado pelo Conselho de Segurança da ONU.
“Quero frisar com toda a responsabilidade que o plano Annan foi totalmente aprovado no Conselho de Segurança da ONU e só esse órgão tem poder para avaliar o seu cumprimento”, afirmou Serguei Lavrov.
“Nós apelamos uma vez mais ao secretário-geral da ONU para não adiar mais a apresentação ao CS de propostas concretas sobre os parâmetros da missão de observadores”, concluiu o ministro russo.
A ordem do cessar-fogo deu-se no passado dia 12. Segunda-feira, os primeiros observadores da ONU começaram a chegar, a fim de avaliarem o cumprimento do processo.