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Oposição são-tomense denuncia abusos no banco central do país

A oposição são-tomense acusou hoje, em comunicado, a administração do banco central do país de “atos de corrupção” e “utilização abusiva de bens públicos”, distribuindo “entre si elevados montantes” para “compensar atividades do âmbito normal das suas funções”.

“O governador do banco central, membros do conselho de administração e alguns diretores distribuíram entre si avultadas somas que rondam mais de 150 mil euros”, afirma o secretário-geral do principal partido da oposição, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD).

No mesmo comunicado, Arlindo Barbosa refere que o governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP), Hélio Almeida, a vice-governadora, Massari Sousa Pontes e o diretor dos recursos humanos, Raul Cravid, de serem os maiores beneficiários desta “operação”.

De acordo com a oposição, o governador do banco central “recebeu indevidamente” o equivalente a cerca de 16.000 euros, a vice-governadora 14.500 euros, o diretor dos recursos humanos mais de 18.000 euros. Os restantes 15.000 euros, segundo o partido, foram distribuídos pelos “demais administradores”.

Para a oposição, tratou-se de “uma atitude reveladora de corrupção grosseira e violação das leis do gestor público do país, que atuam com a maior impunidade”.

O MLSTP-PSD garante que vai apresentar no Ministério Público “um pedido de inquérito criminal para apurar responsabilidade” sobre aquilo que classificou como “desmando vergonhoso que indicia crimes previstos nas leis vigentes no país”.

Os sociais democratas querem ver as autoridades competentes tomarem medidas para que os valores sejam restituídos e consideram que se trata de “uma manifestação clara de má gestão de fundos públicos, uso indevido dos recursos do Estado e tamanha injustiça face a pobreza reinante no país, onde centenas de famílias não dispõem de um salário mínimo para garantir uma refeição diária”.

Ainda segundo o MLSTP-PSD, o dinheiro utilizado pela administração do banco central para este pagamento são notas da Dobra (moeda local) fora de circulação desde janeiro deste ano e deveriam ser queimadas.

Em comunicado tornado publico em junho passado, o BCSTP fez saber que as notas da velha Dobra continuam em uso até finais de dezembro próximo.

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