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Operação Marquês: Carlos Santos Silva diz que os 23 ME que tinha na Suíça lhe pertenciam

O empresário Carlos Santos Silva disse hoje em tribunal que os 23 milhões euros que trouxe da Suíça, através de um regime excecional de regularização tributária, lhe pertenciam e não a José Sócrates, segundo fonte ligada ao processo.

Carlos Santos Silva começou hoje a ser interrogado na fase de instrução da Operação Marquês, na qual é arguido juntamente com o seu amigo e ex-primeiro-ministro José Sócrates de quem, segundo o Ministério Público (MP) é “testa de ferro”.

A fonte disse que Carlos Santos Silva, que esteve ligado ao grupo Lena, afirmou ao juiz Ivo Rosa que os 23 milhões que em 2010 trouxe para Portugal ao abrigo do RERT (Regime Especial de Regularização Tributária), uma amnistia fiscal lançada pelos Governo PS, liderados por José Sócrates, em 2005 e 2010.

Para o Ministério Público, o Grupo Lena obteve benefícios comerciais graças à atuação de José Sócrates enquanto primeiro-ministro e Carlos Santos Silva “interveio como intermediário de José Sócrates em todos os contactos com o referido grupo”.

Durante o interrogatório Carlos Santos Silva nunca comprometeu o ex-primeiro-ministro de quem é amigo há mais de 40 anos e que para o Ministério Público funcionou como “testa de ferro”, tendo colocado nas suas contas, nomeadamente na Suíça, dinheiro do antigo primeiro-ministro.

Segundo o MP, “na qualidade de primeiro-ministro e também após a cessação dessas funções, permitiu a obtenção, por parte do Grupo Lena, de benefícios comerciais” e Carlos Santos Silva “interveio como intermediário de José Sócrates em todos os contactos com o referido grupo”.

O interrogatório do engenheiro civil de 58 anos continua na quinta-feira, podendo prolongar-se para sexta-feira dada a quantidade de matéria do processo que o envolve.

Santos Silva é acusado de 33 crimes entre os quais corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documentos, fraude fiscal e fraude fiscal qualificada.

A Operação Marquês teve início a 19 de julho de 2013 e culminou na acusação a 28 arguidos – 19 pessoas e nove empresas – pela prática de quase duas centenas de ilícitos económico-financeiros.

Lusa

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