A Oferta Pública de Aquisição lançada pela empresa brasileira Camargo e Corrêa sobre a cimenteira portuguesa Cimpor sofreu um abrandamento inesperado: a entidade reguladora da concorrência ‘canarinha’ recusa pronunciar-se até ser informada, detalhadamente, sobre a OPA.

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Camargo e Corrêa sobre a Cimpor, com que a empresa brasileira pretende reforçar o domínio que já detém na cimenteira portugesa, foi travada no lado de lá do Oceano Atlântico. O negócio só poderá avançar com o aval das entidades reguladoras da concorrência, mas o Conselho Administrativo de Defesa Económica (Cade) já divulgou que desconhece os detalhes da operação.

O regulador brasileiro tem conhecimento da OPA, mas – segundo a assessoria do Cade – só poderá avalizar o reforço da posição da Camargo e Corrêa na Cimpor quanto tiver em cima da mesa o dossiê completo. Neste momento, o Cade está a estudar a atual participação da empresa brasileira na cimenteira portuguesa (possui cerca de 33 por cento), mas desconhece ainda as últimas mudanças societárias nos quadros de ambas as empresas.