A ONU anunciou hoje que elaborou um plano para a eventual fuga de até 900 mil civis da província de Idleb, no noroeste da Síria, alvo de bombardeamentos do regime e do seu aliado russo.
“Elaborámos um plano de resposta para o caso de até 900 mil pessoas poderem fugir. Esperamos que isto não aconteça e que não seja necessário”, disse o coordenador humanitário regional da ONU para a crise síria, Panos Moumtzis.
A violência no noroeste da Síria causou em setembro mais de 38.500 deslocados, segundo a ONU, que precisa de 311 milhões de dólares (cerca de 266 milhões de euros) para as necessidades básicas dos potenciais 900.000 deslocados.
Situada na fronteira com a Turquia, a província de Idleb é o último grande bastião rebelde da Síria e conta com cerca de três milhões de habitantes (incluindo um milhão de crianças), metade dos quais já fugiram de outras zonas do país.
O regime sírio e a Rússia justificam os seus planos de ataque com a existência na província de cerca de 10 mil ‘jihadistas’.
A ONU têm pedido ao regime e aos seus aliados, assim como a outros países que têm influência sobre os grupos rebeldes, para que nos combates se respeite o princípio de não atacar áreas densamente povoadas, instalações humanitárias e infraestruturas vitais.
“Neste momento, enquanto organização humanitária, embora esperemos o melhor, preparamo-nos para o pior”, disse Moumtzis.
A guerra na Síria, desencadeada em 2011, já matou mais de 360.000 pessoas, segundo o último balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos divulgado hoje.
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