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ONU pede às partes em conflito na Líbia que respeitem Direito Internacional

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu hoje às partes envolvidas no conflito na Líbia que lembrem as suas obrigações com o Direito Internacional e garantam a proteção dos civis.

“A população líbia está há muito tempo presa entre as diferentes fações do conflito e os mais vulneráveis sofrem as piores violações dos direitos humanos”, realçou Michelle Bachelet, em comunicado.

Bachelet mencionou o ataque ao aeroporto de Mitiga, na segunda-feira, que levou à suspensão dos voos e salientou que este tipo de ação em que os alvos são civis indiscriminados podem constituir crimes de guerra.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou, na segunda-feira à noite, a escalada da violência em torno da capital líbia, Tripoli, e pediu a suspensão imediata dos combates.

Também os Estados Unidos pediram, entretanto, “um cessar imediato” da ofensiva do marechal Haftar.

As grandes potências não conseguiram ainda encontrar no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) uma posição comum sobre a crise na Líbia.

Pelo menos 32 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas desde o início da ofensiva do marechal Haftar contra a capital líbia na quinta-feira, revela um novo balanço do Ministério da Saúde do Governo de União Nacional.

Violentos combates nas proximidades de Trípoli opuseram no domingo as forças paramilitares do marechal Haftar, que quer conquistar a capital, e as tropas do Governo de União Nacional (GNA, sigla em inglês), administração líbia que é reconhecida pela comunidade internacional.

Cerca de 2.800 pessoas foram forçadas a sair de Tripoli e arredores, devido ao recrudescer do conflito, com uma ofensiva militar do marechal Khalifa Hafter sobre a capital líbia, segundo uma coordenadora humanitária das Nações Unidas naquele país.

Michelle Bachelet sublinhou ainda a necessidade de proteger grupos vulneráveis, como migrantes e refugiados, muitos detidos em instalações com más condições e pediu às autoridades líbias que garantissem que esses lugares não fossem abandonados no decurso de confrontos armados.

Um país rico em petróleo, a Líbia ficou dilacerada após a queda do Presidente Muammar Kadhafi em 2011, que gerou múltiplos conflitos internos.

Entretanto, a ofensiva lançada na quinta-feira pelas forças do marechal Haftar, homem forte no leste do país que quer tomar Trípoli e estender seu domínio no oeste, marca uma clara degradação entre as duas principais forças que lutam pelo poder no país.

Lusa

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Lusa
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