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ONU insta autoridades venezuelanas a investigar incêndio que matou 68 presos

A ONU instou hoje as autoridades da Venezuela a investigarem um incêndio ocorrido quarta–feira, que provocou a morte de pelo menos 68 pessoas numa prisão e Carabobo, 150 quilómetros a oeste de Caracas.

“Apelamos às autoridades venezuelanas para que façam uma investigação imediata, minuciosa e efetiva para determinar as causas das mortes, proporcionar reparações (indemnizações) às famílias das vítimas e, quando apropriado, identificar e levar os responsáveis perante a justiça”, refere a Organização das Nações Unidas em comunicado.

O documento do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos refere que a ONU está chocada “com as terríveis mortes de pelo menos 68 pessoas na Venezuela” na sequência de “alegados confrontos entre detidos e membros das forças de segurança”.

“Também estamos preocupados por relatos de que as forças de segurança usaram gás lacrimogéneo para dispersar os familiares que se reuniram em frente da esquadra de policia para exigir informação”, refere.

Segundo a ONU os lugares de detenção nas esquadras de polícia na Venezuela “são usadas geralmente como centros permanentes de detenção, há sobrelotação generalizada e condições terríveis de detenção”.

No comunicado a ONU lembra que “os Estados são os garantes da vida e integridade pessoal das pessoas privadas de liberdade” e insta “o Governo da Venezuela a adotar imediatamente as medidas para melhorar as condições de detenção, em conformidade com os padrões e normas internacionais dos direitos humanos, incluindo a proibição da tortura”.

Segundo as autoridades venezuelanas pelo menos 68 pessoas morreram, quarta-feira, durante um motim no Comando Geral da Polícia de Carabobo, na cidade venezuelana de Valência, 150 quilómetros a leste de Caracas.

No entanto, várias ONG dizem que o número de mortos terá sido de 78 e que a causa da morte da maioria das vítimas terá sido asfixia, na sequência de um incêndio provocado pelos presos.

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