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ONU denuncia persistentes violações dos direitos humanos na Birmânia

O Conselho dos Direitos Humanos afirmou hoje que o fluxo migratório dos rohingyas para o Bangladesh no último ano devido a perseguições militares é uma prova das persistentes violações dos direitos humanos na Birmânia (Myanmar).

“A chegada até hoje de novos refugiados reflete a gravidade das violações dos direitos humanos em Myanmar”, declarou em comunicado o Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), cuja Missão Independente sobre a Birmânia, iniciada em março de 2017, terminou hoje uma visita ao Bangladesh.

Segundo o Conselho, os rohingyas recém-chegados ao Bangladesh encontravam-se em melhores condições financeiras que os que tinham chegado anteriormente, cerca de 11.500 desde janeiro.

Os cerca de 722.000 rohingyas que foram obrigados a deslocar-se para o Bangladesh desde o início da crise, em agosto de 2017, fugiram devido ao “ambiente geral ameaçador” na Birmânia, segundo relatos de alguns dos deslocados.

“Referem-se às evidentes ameaças de violência e perseguição que enfrentam, que prejudicaram os seus meios de subsistência”, indicou também o comunicado.

A missão, que já se deslocara ao Bangladesh em outubro de 2017, entrevistou entre os dias 16 e 19 de julho uma série de autoridades do país e representantes de várias organizações não-governamentais (ONG), tendo também visitado os acampamentos de refugiados no sudeste.

A Birmânia e o Bangladesh, face à pressão internacional, estabeleceram em novembro um acordo para o regresso dos rohingyas, mas o processo de repatriação ainda não começou, quase sete meses depois da data prevista para o início dos regressos.

A ONU e a Birmânia chegaram a acordo, no início de julho, para começar a criar condições para o regresso de 700 mil rohingyas.

O Estado birmanês não reconhece esta minoria e impõe múltiplas restrições aos rohingyas, nomeadamente a liberdade de movimentos.

A campanha de repressão do exército birmanês contra esta minoria já foi classificada pela ONU como uma limpeza étnica e como uma das crises humanitárias mais graves do início do século XXI.

Lusa

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