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ONU considera resposta israelita “totalmente desproporcionada”

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos classificou hoje como “totalmente desproporcionada” a resposta de Israel às manifestações palestinianas de segunda-feira, pelo que apoiou a ideia de um inquérito internacional independente.

“O forte contraste entre o número de vítimas dos dois lados sugere que a resposta [de Israel] foi totalmente desproporcionada”, declarou Zeid Ra’ad al-Hussein numa sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que decorre em Genebra.

“As mortes resultaram de um uso ilegal da força. Apoio os apelos de numerosos Estados e de observadores em favor da um inquérito internacional, independente e imparcial”, acrescentou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.

Zeid al-Hussein sublinhou, nesse sentido, que existem “poucas evidências” de que Israel se tenha esforçado para minimizar as baixas durante os protestos palestinianos contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém.

Na segunda-feira passada, o Exército israelita abateu a tiro 60 manifestantes palestinianos, situação que Zeid al-Hussein considerou inaceitável.

“As ações de protesto, por si só, não constituíam uma ameaça iminente de morte ou de ferimentos mortais que pudessem justificar o uso de força letal”, frisou.

Quer as autoridades norte-americanas quer as israelitas têm acusado frequentemente a Comissão de Direitos Humanos da ONU de ser “anti-Israel”.

Por outro lado, Zeid al-Hussein instou Israel a pôr fim à ocupação dos territórios palestinianos, onde as pessoas estão “enjauladas em espeluncas desde que nascem até que morrem”.

“A ocupação tem de terminar, para que o povo da Palestina possa ser libertado”, insistiu Zeis al-Hussein na sessão, convocada para debater a repressão de Israel contra os palestinianos em Gaza.

Pelo menos 87 civis palestinianos foram mortos com tiros disparados pelo exército israelita desde 30 de março passado, dia em que começaram os protestos pacíficos para reclamar o retorno aos territórios ocupados por Israel.

Lusa

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Lusa

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