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Síria: ONU alerta para “tortura de crianças” por parte do regime de Bashar al-Assad

bashar_al_assad_2Navi Pillay, Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, revela que “há crianças torturadas, baleadas nos joelhos, a viver em condições desumanas”. Em declarações à BBC, Pillay denuncia que as autoridades da Síria, além das torturas, não fazem “tratamento dos ferimentos” e mantêm as crianças “como reféns”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para tortura de crianças “de forma sistemática”, levada a cabo por autoridades sírias. Segundo a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, os atropelos são reiterados e desumanos.

“As autoridades sírias detiveram e torturam crianças. Algumas vítimas são baleadas nos joelhos, detidas com os adultos em condições desumanas. Não lhes é dado tratamento e são tratadas como reféns, ou modo de conseguir informação”, denuncia Navi Pillay, em declarações ao canal inglês BBC.

A comissária da ONU responsabiliza o presidente da Síria, Bashar al-Assad, que não toma qualquer medida para pôr termo a estas torturas. As palavras de Navi Pillay surgem num momento em que a Síria aceitou um plano de paz, proposto por Kofi Annan, enviado da ONU e da Liga Árabe que tenta repor a paz na Síria.

As torturas a crianças colocam em causa a verdadeira vontade de Bashar al-Assad em pôr termo à violência naquele país. A Síria, mediante a ordem do presidente, estará a proceder à captura de outras crianças, que são posteriormente sujeitas ao mesmo tratamento.

Por outro lado, permanecem outras torturas a opositores do regime de al-Assad, que não toma qualquer medida de combate aos homicídios de civis e manifestantes, por delito de opinião.

As palavras da comissária para os Direitos Humanos da ONU vêm de encontro a um relatório da ‘Human Rights Watch’, conhecido há dias, que dá conta de torturas e execuções sumárias de prisioneiros.

Navi Pillay relata um cenário “horrendo”, que contrasta com as manifestações de vontade de Bashar al-Assad restabelecer a paz. Segundo defende Pillay, o Conselho de Segurança da ONU tem dados suficientes para sustentar uma acusação no Tribunal Penal Internacional, contra o regime sírio de Bashar al-Assad.

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