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ONU acusa Bashar Al-Assad de crimes de guerra e contra a humanidade

bashar al assadO Presidente da Síria tem “responsabilidade” na guerra civil, considera a ONU. Pela primeira vez, as Nações Unidas acusam Bashar Al-Assad de ter cometido crimes de guerra, contra o próprio povo, e contra a humanidade.

As Nações Unidas consideram, pela primeira vez, que o Presidente sírio tem “responsabilidade” na guerra civil que se prolonga no país e vão ainda mais longe: a ONU acusa Bashar Al-Assad de ter cometido crimes de guerra e contra a humanidade.

“A comissão de investigação produziu uma enorme quantidade de provas sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Essas provas indicam uma responsabilidade ao mais alto nível do governo, incluído o chefe de Estado”, revelou a alta comissária para os direitos humanos, Navi Pillay, citada pela AFP.

As Nações Unidas consideram que Assad tem “responsabilidade” em crimes cometidos contra o povo sírio, no decorrer da guerra civil. A acusação consta no relatório mais recente sobre a crise síria, de 11 de setembro, e é inédita por ser a primeira vez que são referidos nomes e cargos em concreto.

Apesar de ter dado a cara pelo relatório, Navi Pillay garantiu não ter dito “que um chefe de Estado é suspeito”, explicando-se à Reuters: “eu estava a citar a comissão de inquérito, que afirmou, baseada nas suas informações, que a responsabilidade aponta para o nível mais alto”.

O relatório foi elaborado por uma comissão de inquérito criada em 2011 para investigar as denúncias de violações dos direitos humanos na Síria, um país que continua mergulhado na guerra civil. Os membros da comissão não foram autorizados a visitar a Síria, mas conseguiram realizar mais de 2000 entrevistas com pessoas envolvidas no conflito.

Navi Pillay acrescentou que aguarda pela criação de uma investigação criminal “nacional ou internacional credível” sobre os responsáveis pelos crimes referidos no relatório. Só se essa investigação for avante, nomeadamente junto do Tribunal Penal Internacional, em Haia, é que a alta comissária admite revelar todos os nomes sobre os quais recaem suspeitas.

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