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O mundo tem níveis “alarmantes” de obesidade infantil

Obesidade_Infantil_Peso_900“A epidemia de obesidade” infantil atingiu níveis “alarmantes”, em especial nos países em desenvolvimento. Peter Gluckman, da Organização Mundial de Saúde (OMS), frisou que a culpa “não é culpa das crianças” e que cabe aos adultos combater este “pesadelo explosivo”.

O alerta da OMS surge baseado em estudos recentes, como o que a Universidade de Liverpool, em Inglaterra, fez publicar este mês no American Jounal of Clinical Nutrition.

Os dados mostram que, nos últimos 15 anos, a taxa de crianças abaixo dos 5 anos com excesso de peso aumentou de 4,8 para 6,1 por cento. Ou seja, de 7,5 milhões (em 1990) para 15,5 milhões (em 2014) de crianças com idade inferior a 5 anos obesas.

A OMS entende que a responsabilidade é da publicidade e marketing associados ao ‘fast food’ e às bebidas açucaradas (como os refrigerantes), estabelecendo seis recomendações para combater o fenómeno da obesidade infantil.

“A epidemia de obesidade pode reduzir muitos dos benefícios em matéria de saúde que contribuíram para o aumento da longevidade”, avisou a comissão sobre o fim da obesidade infantil, reforçando que, “até à data, os progressos na luta contra a obesidade infantil têm sido lentos e inconsistentes”.

“Qual é a principal mensagem? É que não é culpa das crianças”, adiantou um dos responsáveis da comissão, Peter Gluckman, criticando o preconceito cultural de que “uma criança com excesso de peso é sinal de boa saúde”.

A prova de que tal não corresponde à verdade é a evolução da obesidade infantil em África, cujos níveis duplicaram em 15 anos: das 5,4 milhões de crianças em 1990 para os 10,3 milhões em 2014.

São níveis “alarmantes” e que comprovam que a obesidade infantil é “um pesadelo explosivo” nos países em desenvolvimento.

Para além da promoção de programas sobre alimentação saudável e a prática de atividades físicas, a comissão da OMS aconselhou as autoridades de cada país a aplicarem impostos sobre bebidas açucaradas e a adotarem regras mais duras para a publicidade a alimentos não saudáveis (que podem passar mesmo pela proibição).

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