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Ombro trai americana: Travessia entre Cuba e Florida interrompida. De novo

Após 29 horas a bracejar, a nadadora americana, de 61 anos, viu-se forçada a desistir. Diana Nyad, que partira ontem de Cuba, numa viagem rumo à Florida, interrompeu a aventura, devido a dores no ombro. Há 33 anos, a mulher tentara o mesmo feito. Nyad não venceu as dores, mas derrotou os tubarões, tornando-se na primeira mulher a nadar no estreito sem proteção para um eventual ataque.

Nyad pretendia ser a primeira mulher a nadar de Cuba até aos Estados Unidos da América (Cayo Hueso, na Florida), num percurso de 166 quilómetros, mas não resistiu a fortes dores, bem como a alguns sintomas de asma, e sentiu-se obrigada a desistir do sonho.

A americana concluiu quase metade do percurso, cujo total se previa que durasse 60 horas. Partiu à 1h47 de ontem (hora de Lisboa), do canal da ‘Marina Ernest Hemingway’. No momento em que uma embarcação (que a acompanhava) a retirou das águas, Diana Nyad estava em grandes dificuldades, a vomitar.

Nadar de Cuba e passar pelo estreito da Florida representa arriscar a vida, mesmo para o mais rápido dos nadadores do mundo. No local, abundam tubarões. E a verdade é que a sexagenária partiu sem qualquer proteção para minimizar os efeitos de um eventual ataque.

Este feito é, aliás, digno de realce, já que a americana se tornou na primeira mulher a atravessar o estreito sem proteção. E talvez por isso, 29 horas depois de iniciar as braçadas heroicas, a americana revelasse um sentimento de missão cumprida.

“Abandonar esta aventura foi a decisão correta. Não me sinto triste”, disse, já restabelecida das mazelas físicas e consciente de que parte do feito não seria cumprido. Diana Nyad é especialista em longas distâncias de natação.

Fazer a ligação Cuba-Florida é um sonho que acompanha Diana Nyad desde a sua juventude. Há mais de três décadas, em 1978, tentou fazer a travessia, mas a forte ondulação e os ventos travaram a sua conquista.

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