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Olli Rehn duvida de Portugal e diz que cumprimento do défice “está em risco”

Comissário europeu Olli Rehn defende que “Portugal tem o cumprimento do défice orçamental em risco”, apesar do empenho do Governo em atingir essa meta. O finlandês teme que o esforço de austeridade adicional e as medidas acordadas no memorando de entendimento não sejam suficientes para atingir as metas.

O comissário europeu da Economia e Assuntos Monetários coloca Portugal na corda-bamba e teme que o Governo consiga cumprir o défice orçamental estabelecido no memorando de entendimento com a troika: Comissão Europeia, União Europeia e FMI.

Citado pela Bloomberg, Olli Rehn disse que “não obstante os esforços feitos, a informação mais recente sugere que Portugal enfrenta riscos”, tendo em vista o cumprimento das metas definidas (5,9 por cento em 2011), aquando do acordo de resgate, que resultou num empréstimo de 78 mil milhões de euros.

Segundo Rehn, as medidas de austeridade aplicadas não devem ser suficientes para que o executivo de Passos Coelho cumpra o défice, o que abre um cenário negro sobre a economia portuguesa, que vai a pagar o preço de medidas duras, em nome de uma causa que dificilmente atingirá.

“A execução do programa tem sido satisfatória”, afirmou Olli Rehn, sustentando que o Governo “assumiu plenamente o programa de ajustamento” e agiu de forma “rápida”, para conseguir “alcançar os objetivos para a primeira avaliação” realizada pela troika.

No entanto, desconhece-se se o comissário tinha conhecimento de algumas medidas inscritas no Orçamento de Estado para 2012, cuja finalidade é precisamente cumprir o défice. Uma delas é a transferência de 2700 milhões de euros de fundos de pensões para a Segurança Social.

Estas palavras sugem um dia depois de ser conhecido o Orçamento de Estado mais duro de que há memória em Portugal. O Governo prepara-se para cortar cerca de 7500 milhões de euros na despesa, precisamente para conseguir atingir as metas definidas para o défice e poder cumprir os compromissos assumidos com a troika.

A recessão é maior do que o previsto, o desvio orçamental é maior do que o esperado provocam e a economia deverá cair quase três por cento, no próximo ano. O buraco de 2011 é, afinal, 3400 milhões de euros.

A “redução do défice será feita através da redução da despesa, que cai dois terços”, assegura o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que corta nos salários e nos subsídios. Do lado da receita, o aumento atingirá 2900 milhões, quase na totalidade à custa do aumento de impostos.

O comissário Olli Rehn não estará convencido de que este esforço será suficiente, ou não conhece os dados mais recentes apresentados ontem pelo responsável da pasta das Finanças.

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