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Olímpico Nelson Évora diz-se vítima de racismo, mas discoteca nega fundamento

Nelson Évora queixou-se, através do Facebook, que estava num grupo de atletas com “demasiados pretos” ao qual foi barrada a entrada na discoteca Urban Beach. O principal responsável pelo espaço assegura que a denúncia, passados nove dias, “não” tem “fundamento”.

Nelson Évora e outros atletas de alto nivel terão sido impedidos de entrar na discoteca Urban Beach, em Lisboa, por racismo.

O incidente terá ocorrido às 22 horas da noite de 19 de abril.

De acordo com o texto divulgado na página de Facebook do saltador olímpico, foram barrados porque havia “demasiados pretos no grupo”.

“Éramos um grupo de 16 pessoas com mesas pré-reservadas e não é que somos surpreendidos pelos responsáveis daquele espaço público. Porquê? Demasiados pretos no grupo”, refere o texto.

A agência Lusa tentou obter mais esclarecimentos por parte do atleta, mas não o conseguiu até ao momento.

Ainda no mesmo texto, Nelson Évora questionou-se sobre se estará a exagerar ou se foi mesmo um caso de racismo. “Em pleno século XXI atitudes destas achava que já não existiam”, reforçou.

No grupo alegadamente barrado estavam atletas estavam Francis Obikwelu, Naide Gomes, Carla Tavares, Susana Costa e Rasul Dabó.

O texto que denuncia o caso é acompanhado por uma foto de Nelson Évora a comer uma banana, a ‘jogada’ com que o futebolista Dani Alves respondeu a um ato racista.

“Foi-me dito que não”

A discoteca integra o grupo K, cujo presidente do conselho de administração veio a público negar a existência de atos racistas na Urban Beach e estranhar que a denúncia só ocorra nove dias após o alegado facto.

Num comentário à polémica mensagem, no Facebook do atleta, Paulo Dâmaso escreveu estar “surpreendido” com as acusações.

Contactado pela Lusa, o mesmo responsável insistiu que não houve qualquer ato racista por parte dos funcionários da Urban Beach.

“Falei com o gerente do estabelecimento, falei com as pessoas que estavam nessa noite na porta, informei-me para saber realmente o que tinha acontecido, se teriam algum fundamento ou não e foi-me dito que não”, respondeu.

Em vez de racismo, o problema estaria na etiqueta: Paulo Dâmaso afirmou que o porteiro da discoteca terá barrado o grupo por haver “uma ou duas pessoas que estavam desenquadradas”, a nível do vestuário, “em termos do ambiente que é normal no Urban Beach”.

O presidente do conselho de administração lembrou ainda que Nelson Évora poderia ter efetuado uma reclamação formal à data do incidente, criticando que as queixas só surjam pelo Facebook passados nove dias.

Se o atleta tivesse pedido o livro de reclamações ou para chamar o gerente, o funcionário que tivesse dito a alegada frase seria alvo de um processo disciplinar.

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