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Olímpia Feteira: “Habeas corpus de Duarte Lima é uma sucessão de mentiras”

olimpia_feteira2A filha de Tomé Feteira defende que o habeas corpus – através do qual Duarte Lima tentou rebater o mandado de captura internacional, sem sucesso – assenta “numa sucessão de mentiras”. Olímpia Feteira diz, em entrevista à RTP, que queria Rosalina “viva, a responder no DIAP”, para ir parar “ao xadrez”.

O habeas corpus apresentado por Duarte Lima – para evitar a prisão preventiva no caso do homicídio de Rosalina Ribeiro – gerou revolta em Olímpia Feteira, filha do milionário Tomé Feteira, que surge agora a refutar qualquer interesse na morte e a desmontar a teoria de que quereria Rosalina morta.

“A primeira mentira é a nulidade testamentária. É perfeitamente falso, porque a sentença da nulidade testamentária saiu a 3 de março de 2010 e ela foi morta em 7 de dezembro de 2009”, refere Olímpia Feteira.

“Outra mentira é o argumento de Duarte Lima, que diz que eu teria de dividir metade da minha herança com a Rosalina. Totalmente falso. Tenho documentos que provam que eu nunca perderia dinheiro, mesmo com Rosalina viva”, sublinha. “Rosalina jamais poderia destituir-me como filha de Tomé Feteira”, acrescenta.

No Brasil, Rosalina Ribeiro perdeu o processo que comprovava uma alegada união de facto com Tomé Feteira. “Todas as instâncias consideraram que não havia união de facto entre Rosalina e o meu pai”, sustenta Olímpia Feteira. No entanto, segundo o habeas corpus apresentado por Duarte Lima, este processo poderia ser reaberto no Brasil.

“O que está escrito no habeas corpus é completamente falso. Duarte Lima usa esse argumento outra vez… Por outro lado, “há a mentira de Saquarema”. A Rosalina “não tinha nada em Saquarema, nem tinha quaisquer negócios no Brasil”. Era dona de “um andar e de 0,01 por cento da empresa e estava em grandes dificuldades financeiras”.

Olímpia Feteira desmonta, deste modo, todas as teorias que tentem apontá-la como possível interessada na morte de Rosalina Ribeiro. E este foi um argumento no habeas corpus de Duarte Lima, no qual o advogado português sustenta culpar Olímpia.

“Quando escrevem no habeas corpus que eu seria a maior interessada na morte de Rosalina, mentem. Eu precisava de Rosalina Ribeiro viva, no xadrez”, diz Olímpia Feteira, em entrevista à RTP.

A acusação que foi feita pelos advogados de Duarte Lima – que apontam interesse de Olímpia Feteira na morte de Rosalina –, sustenta-se também na contratação de guarda-costas, nas deslocações da filha de Tomé Feteira ao Brasil.

“Contratei porque sabia que Rosalina estava desesperada e não era de fiar. O facto de ter contratado guarda-costas é, para mim, prova abonatória, porque demonstra que eu não andava a tratar de homicídios, mas de assuntos que tinha de tratar no Brasil”, realça Olímpia.

“Nunca pensei que pudesse ser considerada suspeita. Eu queria Rosalina viva, para responder no DIAP. Eu fui ao Brasil, porque o comissário disse que precisava de esclarecimentos meus. Imediatamente me predispus a deslocar-me ao Brasil”, revela Olímpia Feteira.

Olímpia devolve a acusação a Duarte Lima e sustenta que queria ver Rosalina em tribunal, a responder pelos crimes de desvio de dinheiro. Rosalina Ribeiro foi constituída arguida no processo que Olímpia Feteira e família interpuseram no tribunal, por “assalto aos cofres e desvios nas contas” de Tomé Feteira: “Ela desviou na totalidade. Não adianto número, mas foi uma verba avultada.

O processo demorou e a primeira carta rogatória deste processo “veio provar que ela tinha desviado dinheiro”. A partir de então, Rosalina Ribeiro “foi aconselhada a viajar para o Brasil” e Duarte Lima “foi na véspera”. Olímpia Feteira considera que as deslocações de Duarte Lima ao Brasil, nas vésperas de Rosalina, não são mais do que “uma fuga”.

Olímpia Feteira, filha de Tomé Feteira – herdeira de um dos homens portugueses mais ricos – concedeu à RTP a primeira entrevista a um órgão de comunicação social, depois do caso da morte de Rosalina Ribeiro. Decidiu falar agora porque “Duarte Lima, de forma ignóbil, tentou manchar” o seu nome, o que Olímpia não permite “de modo algum.

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